A
população brasileira está envelhecendo e, por conta disso, o número de pessoas
com doenças relacionadas à idade aumenta. É o caso da osteoporose. A
enfermidade atinge 10 milhões de pessoas no país, segundo estimativa da
Fundação Internacional de Osteoporose (IOF). Mas a maioria dos afetados não
sabem que a tem. As mulheres são as que mais sofrem com este mal, como relata
Luiz Augusto Russo, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (SBEM).
Esta
é uma doença metabólica que enfraquece os ossos. A cada 7 a 10 anos, nosso
corpo renova toda sua estrutura óssea e a osteoporose prejudica esta a nova
formação.
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Os nossos ossos estão em constante renovação e para isso nós temos células que
retiram o “osso velho” (reabsorção óssea) e outras produzem “ossos novos”
(formação óssea). A falta de estrogênio nas mulheres e testosterona nos homens
aumentam a reabsorção e deixam os ossos enfraquecidos — explica Francisco
Paranhos, médico ortopedista da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e
Osteometabolismo (Abrasso).
Em
estágio mais avançado, a osteoporose pode causar problemas graves, como a
fratura do colo do fêmur (quadril). Quando sobre este tipo de fratura, o idoso
normalmente fica incapacitado de andar.
Prevenção
é o melhor tipo de tratamento
Para
evitar que os ossos fiquem enfraquecidos é fundamental manter uma dieta
balanceada e rica em cálcio. O ideal é que o leite seja consumido ao longo de
toda a vida. As mulheres, a partir dos 40 anos, e os homens, dos 50, devem
redobrar a atenção quanto à ingestão de cálcio, como alerta o ortopedista
Marcello Serrão.
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A prevenção é mais eficaz do que o tratamento, pois ele interrompe o processo,
mas não consegue recuperar a densidade óssea perdida. A osteoporose não tem
cura, por isso é preciso evitar o consumo de excesso de café, de cigarro e de
álcool, que são fatores de risco.
O
diagnóstico da doença é feito, principalmente, por meio do exame de
densitometria óssea.
O
tratamento pode incluir o uso de medicamentos, caso a doença esteja em um
estágio avançado.
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Como tratamento não medicamentoso, são adotadas medidas gerais de redução dos
fatores de risco modificáveis. Orientamos a adoção de uma dieta balanceada e
rica em cálcio, da prática de exercícios, da exposição regular ao sol e da
prescrição de cálcio de vitamina D, quando necessária — pontua Paranhos.
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