quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Endoscopia da coluna: rápida e eficaz para hérnias de disco

Essa técnica moderna e devidamente reconhecida pela Anvisa, é indicada para pessoas que sofrem com hérnia de disco ou com outros problemas relacionados a compressão de nervos ou doenças dolorosas dos discos da coluna. O procedimento conhecido como endoscopia de coluna que já é praticado amplamente em diversos países nos 4 continentes, ainda não é tão conhecido no Brasil.

“Esse procedimento, que também é conhecido como ‘Vídeo-cirurgia da Coluna’, é muito menos agressivo que a cirurgia aberta ou convencional, uma vez que o corte é cerca de 80% menor e o pós-operatório é muito menos doloroso justamente por isso, além de que complicações com infecção e sangramento são menores” ressalta o  Dr. Bruno César Aprile, ortopedista e diretor clínico da SO.U Ortopedia. “Durante a endoscopia, é possível avaliar as estruturas da coluna por meio de uma câmera de alta definição. Com este procedimento o paciente tem alta em até 24 horas e retorna para as atividades do dia-a-dia muito antes, habitualmente em 3 a 5 dias”.

Dentre as principais diferenças da cirurgia aberta para a endoscopia estão:
A cirurgia convencional lesiona a musculatura, que é importante para a estabilização da coluna, justamente para chegar no ponto do problema, já a endoscopia não causa lesão, pois a incisão do tubo contém 1 a 2 cm apenas e as estruturas são ampliadas por uma câmera de alta definição; possibilitando uma cirurgia extremamente segura.

Por ser uma técnica que não lesa a musculatura e articulações da coluna, na maioria das vezes a estabilização da coluna com parafusos (artrodese) é evitada e o paciente não fica com limitação de nenhum movimento no pós-operatório.

O sangramento na endoscopia é muito menor em relação a cirurgia aberta;   normalmente desprezível. A internação hospitalar é mais curta, dispensando a necessidade de UTI, e o paciente poderá receber alta no mesmo dia da realização do procedimento de endoscopia; os pacientes vão para casa caminhando apenas algumas horas após a cirurgia.

Diferentemente da cirurgia aberta, a endoscopia permite que o paciente seja submetido ao procedimento apenas com a sedação, ou seja, não há necessidade de anestesia geral, o que diminui os riscos da cirurgia em pacientes com hipertensão, problemas cardíacos ou pulmonares, e idosos com doenças mais graves;

Na endoscopia, os pacientes correm menos risco de contrair infecção e outras complicações.



Fonte: https://vidasaudavel.gazetaesportiva.com/bem-estar/endoscopia-da-coluna-rapida-e-eficaz-para-hernias-de-disco/


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Como usar o celular sem colocar em risco sua coluna

O grande número de tecnologias que temos acesso hoje em dia não tem deixado somente nossa vida mais fácil, mas também tem mudado muito dos hábitos que tínhamos e, nem sempre, é para melhor. Um boa prova disso é a forma de usar o celular.

Como você mesmo já deve ter percebido, caro leitor, é normal que as pessoas dobrem o pescoço quando olham para a tela do celular, seja para enviar uma mensagem, checar as redes sociais e assim por diante. Isso não deixa somente a postura deselegante, mas também pode colocar em risco a coluna e trazer uma série de problemas de saúde futuros.

Sim, a gente sabe que parece exagero, mas a verdade é que quanto mais você inclina o pescoço para enxergar a tela do celular, mais pressão você acaba fazendo sobre sua coluna. A consequência disso? O peso que ela precisa suportar aumenta à medida que você arqueia o pescoço.

Como usar o celular sem colocar em risco sua coluna?



E nem é preciso um ângulo muito acentuado para que a coluna vertebral, enquanto você usa seu celular, comece a sentir os efeitos. Ao inclinar o pescoço levemente, em 30º graus, por exemplo; você já altera sua postura e faz com que a coluna tenha que suportar 18 kg, pelo menos 12 kg a mais do que ela suportaria caso você estivesse com o pescoço esticado.

Tenso, não? Na matéria de hoje vamos mostrar a quantidade de desvantagens e consequências negativas que uma má postura ao usar o celular pode trazer ao longo do tempo. Mas, antes de assustar você (com a realidade, é claro), fique sabendo que o correto é manter a postura ereta e trazer a tela do celular até a linha dos olhos, ao invés de descer o pescoço até ela. Entendeu?

Coluna em risco

Veja o que acontece com sua coluna quando você usa o celular sem se preocupar com sua postura:



A posição que você vê, embora não pareça fazer muito mal, já começa a fazer pressão sobre a coluna vertebral. Os médicos chamam essa curvatura do pescoço de corcunda ou “pescoço que escreve”.



Quando o pescoço se dobra 30º, a coluna já sofre muita pressão. Além disso, ficam prejudicados o funcionamento normal dos pulmões e de outros órgãos diretamente interligados.


Com o pescoço dobrado em 60º ou mais, você já está debruçado sobre o celular. Isso, obviamente, causa dores mais severas e prejudica de forma incomparável a coluna, fazendo com que cada dia mais jovens procurem especialistas com complicações na espinha dorsal.

Mas, conforme estudos recentes, os problemas físicos não são as únicas consequências negativas da má postura ao usar o celular. Isso porque uma postura como esta, em que o pescoço enverga pelo menos 60º, pode também afetar o estado emocional das pessoas.

Especialistas explicam que pacientes que sofrem de depressão clínica adoram uma postura bem parecida com esta, com o pescoço esticado para frente, ombros inclinados para baixo e braços juntos ao corpo. E, como uma coisa pode levar a outra, o simples fato de você estar sobre o aparelho celular, como na foto, tende a deixar você uma pessoa mais triste.

Por outros lado, quando as pessoas adotam uma postura correta, a disposição e a eficiência no trabalho tendem a aumentar, assim como a resistência ao estresse. Interessante, não?

Como reduzir riscos de problemas na coluna

E, se você quer se ver livre de vez de problemas na coluna por causa do uso do celular, a melhor coisa a se fazer é aprender como se manter na postura correta. Isso vai ajudar a reduzir ou até eliminar as dores no pescoço e na coluna, bem como diminuir os riscos do surgimento de problemas mais sérios nessa região tão importante de nosso corpo.



1. Olhe o celular sem dobrar o pescoço. Para isso, levante a tela do aparelho até o nível dos olhos;



2. Alongue, ocasionalmente, o pescoço, movendo a cabeça, sem pressa, de um lado para o outro, esticando os músculos. A intenção é fazer com que a musculatura atue em outras direções, não apenas para baixo;


3. Massageie, sempre que possível, os ombros, os músculos laterais do pescoço e a área entre as omoplatas, nas costas. Isso relaxa a musculatura e faz com que a pessoa adote uma postura melhor;

4. Apoie as costas em uma porta, parede ou no encosto de uma cadeira para longar os braços. Isso deve ser ser feito erguendo os braços para cima e para os lados, arqueando o peito na mesma direção. Este alongamento ajuda a relaxar os músculos que permaneceram em posição contraída enquanto você usava o celular;

5. Se usar o celular por mais de 10 minutos, ao terminar, junte as omoplatas e grude o queixo no pescoço. Isso também é um alongamento e deve ser repetido várias vezes, adotando a posição descrita por 10 segundos.


6. Evite à tentação de ficar em uma postura incorreta, especialmente durante o uso do celular. Isso evita dores e muitos problemas de saúde futuros.

E aí, aprendeu como fazer? Como você fazia para olhar a tela do celular?


Fonte: http://segredosdomundo.r7.com/como-usar-o-celular-sem-colocar-em-risco-sua-coluna/

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Terapia inovadora recupera mobilidade de paraplégicos

Nem os próprios investigadores previam uma descoberta desta magnitude: oito pessoas totalmente paralisados por lesões medulares graves recuperaram a sua capacidade de mover as pernas. Um dos pacientes conseguiu andar só com muletas.
Nem os próprios investigadores previam um resultado desta dimensão: oito pessoas totalmente paralisadas por lesões medulares graves recuperaram a sensibilidade das pernas e capacidade parcial de movimento. Um dos pacientes conseguiu mesmo andar apoiado apenas em duas muletas.

A revelação foi publicada esta semana no jornal Scientific Reports por um grupo de investigadores que trabalham no The Walk Again Project, liderado pelo famoso neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que é investigador do Centro Médico da Duke University (EUA).

O projeto inicial deste tratamento clínico consistia em usar um exoesqueleto mecânico e exercícios com recurso a realidade virtual para ajudar pacientes paraplégicos a recuperarem alguma mobilidade.

Para a surpresa da equipa de investigação, ao fim de um ano de tratamento, todos os oito pacientes apresentaram uma melhoria substancial das suas capacidades motoras e sensitivas, um resultado nunca visto antes em pacientes paraplégicos com lesões totais.

Os investigadores acreditam que a explicação reside nos nervos da medula espinhal. Antes, pensava-se que os nervos destes pacientes estariam permanentemente danificados, sendo a recuperação impossível.
Agora, os investigadores acreditam que alguns dos nervos destes pacientes continuam operacionais e que apenas ficam “adormecidos” quando há uma lesão, tendo sido acordados pelo uso do exoesqueleto e por outros exercícios com recurso a realidade virtual.


Infografia do tratamento realizado ao longo de um ano (imagem em grande formato aqui). No total, os oito pacientes passaram por mais de 1.900 horas de terapia divididas por 2.052 sessões. O tratamento incluiu sessões de fisioterapia, reabilitação neurológica, psicologia, pesquisa e monitorização médica.

“O paciente número 1 inicialmente nem conseguia ficar de pé usando muletas. Depois de dez meses de treino, o mesmo paciente consegue andar usando muletas e acompanhado por um terapeuta”, relatam os investigadores.

"Noutro caso, o paciente 7 conseguiu andar só com duas muletas e próteses nos membros inferiores, não necessitando da assistência do terapeuta."

Controlo parcial da bexiga e intestino

Os pacientes também recuperaram o controlo parcial da sua bexiga e do intestino e viram melhoras na sua função cardiovascular, o que, no caso de um paciente, resultou numa redução da hipertensão.

Sendo uma descoberta inédita, ainda se desconhecem os limites da recuperação, mas os investigadores acreditam que os pacientes ainda podem vir a evoluir mais ao longo do tempo. Os resultados, por agora, já são mais que impressionantes.

Miguel Nicolelis, líder do projeto, comenta, num vídeo publicado pelo Walk Again Project, que "atualmente, quando as pessoas com lesões na medula espinhal recebem o diagnóstico de paralisia completa, a reabilitação consiste em adaptá-las a uma cadeira de rodas”. Situação que o projeto quer reverter.

"Nós acreditamos que o nosso tratamento, a longo prazo, para além de ser fundamental em si mesmo no desencadeamento de uma recuperação verdadeira, também pode servir como um factor de motivação importante para os pacientes com lesões da medula espinhal em todo o mundo”.



Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=PIIXhih5Qpg#action=share

Fonte: http://boasnoticias.pt/terapia-inovadora-recupera-mobilidade-de-paraplegicos/



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Primeiro remédio para atrofia espinhal será submetido à Anvisa

Recém-aprovado nos EUA, medicamento promoveu melhora em bebês que têm a doença



O menino Cameron, hoje com 3 anos, quase morreu quando era bebê por conta da doença - Divulgação/Ionis Pharmaceuticals 

RIO- A doença genética que mais mata crianças no mundo tem, agora, um rival capaz de proteger as vítimas de boa parte das suas sequelas devastadoras. A agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA (FDA, na sigla em inglês) aprovou o primeiro remédio para combater a atrofia muscular espinhal (AME). A enfermidade, que segundo estimativas atinge um em cada 10 mil bebês nascidos, debilita o sistema nervoso até o ponto de o paciente não conseguir se mover ou mesmo respirar. Após cinco anos de testes com a nova substância, chamada de nusinersen, os resultados mostram que muitas das cem crianças submetidas às pesquisas voltaram a respirar sem ajuda de aparelhos, a deglutir e a se sentar sozinhas.

A aprovação da droga nos EUA gerou repercussão internacional. No Brasil, famílias de vítimas desse mal usaram as redes sociais para manifestar sua esperança de que o medicamento chegue ao país. O caminho é longo, mas uma empresa responsável pelo remédio informou que vai enviar, no início do ano, a documentação para solicitar o registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Neuropediatras que atuam no país já começaram a se organizar para entender mais sobre a droga.

A atrofia muscular espinhal é causada pela ausência ou pelo defeito de um gene, o SMN-1, sigla em inglês para “sobrevivência do neurônio motor”. Mesmo sem saberem, muitas pessoas carregam uma cópia do gene defeituoso, sem serem afetadas. Mas, quando pai e mãe têm cópias do gene problemático, há 25% de risco de o filho nascer com a doença. Embora as funções desse gene não sejam totalmente compreendidas, certo é que os neurônios motores morrem quando ele não funciona bem. E, sem as células neuromotoras da coluna espinhal — responsáveis pela comunicação entre o cérebro, a coluna e os músculos —, até o ato de respirar passa a exigir um esforço extraordinário.

À medida que essas células morrem, os bebês manifestam sintomas como dificuldade de mover os membros, manter o tronco ereto e engolir. Existem quatro tipos de AME, e as crianças que têm o mais severo, o tipo 1, nascem com a expectativa de viver apenas até os 2 anos de idade. Quem tem os tipos 2 e 3, dependendo do grau de gravidade, pode chegar à vida adulta; e, nos que têm o tipo 4, uma minoria, os sintomas só aparecem quando adultos. Mas a longevidade dos portadores dessa doença depende de quantas cópias eles carregam de um gene ligeiramente diferente, o SMN-2, que produz uma quantidade modesta da mesma proteína, SMN.

DROGA ‘ENGANA’ GENE

A nova droga se baseia em um fragmento de RNA modificado que “obriga” o gene SMN-2 a produzir a proteína SMN em seu comprimento total, de forma estável, fazendo o papel que seria do gene SMN-1. A aplicação da droga é feita por meio de injeção no local por onde circula o líquido que envolve a medula espinhal e o cérebro. No início da terapia, as doses são frequentes, e, depois, passam a ter intervalos maiores. O laboratório Ionis Pharmaceutical e a empresa de biotecnologia Biogen, que desenvolveram o medicamento, preparam-se para começar a vendê-lo, mas ainda não divulgaram o preço.


— Com o nusinersen, essas crianças não estão apenas vivendo mais, mas melhor — destacou Richard S. Finkel, principal autor do estudo e chefe de neurologia no Hospital de Crianças Nemours, no estado americano da Flórida. — A atrofia muscular espinhal não é mais uma sentença de morte. Este tratamento não é uma cura, mas é muito mais do que já fomos capazes de oferecer às famílias.

Dos 20 bebês que iniciaram o tratamento durante 2014 e 2015, por exemplo, 13 estão vivos e respirando por conta própria, hoje, aos 2 e 3 anos de idade. Com tantos resultados positivos, dois testes chegaram a ser interrompidos este ano porque se considerou antiético manter algumas crianças no grupo de controle — aquele que não recebe a droga para proporcionar uma comparação com o grupo que recebe o medicamento. Nesses dois testes, o nusinersen passou a ser dado a todas as crianças do estudo. A evolução desses pacientes foi descrita num artigo publicado na revista “The Lancet” deste mês.

— Estamos essencialmente no caminho para a verdadeira cura de uma doença neurológica degenerativa, o que é inédito — comentou em entrevista à “Science Magazine” o neurologista americano Jeffrey Rothstein, da Escola de Medicina Johns Hopkins, que não participou do estudo.

Com a terapia, nem todas as crianças foram salvas: três morreram antes do primeiro ano de vida por infecções respiratórias. Um quarto bebê morreu de asfixia após completar um ano. Ainda assim, quando as células cerebrais e da medula espinhal deles foram examinadas na autópsia, havia evidências de que o nusinersen fez o SMN-2 produzir de duas a seis vezes mais da proteína protetora do neurônio motor.

‘MOMENTO MARCANTE’

No Brasil, a aprovação da droga pelo FDA foi recebida com entusiasmo. A página da Associação Amigos da Atrofia Muscular Espinhal (AAME) no Facebook recebeu mensagens de diferentes estados e publicou uma série de perguntas e respostas sobre o medicamento. Fundadora do grupo, Izabel Kropsch, que perdeu uma filha para a doença, destaca que esta é a primeira esperança concreta, mas é preciso “ajustar expectativas para não se frustrar”.



Catarina, filha de Izabel Kropsch, era portadora de AME Tipo 1, a forma mais severa da doença. Ela chegou aos 9 anos de vida, mas morreu um ano antes da aprovação do remédio nos EUA - Arquivo Pessoal


— É um momento marcante. Mas o caminho local ainda tem muito passos, como o registro e aprovação na Anvisa, a discussão sobre o custeio via SUS e planos de saúde — pondera ela. — Sabemos que não há tempo. Eu perdi minha filha, Catarina, no final do ano passado e penso como poderia ser diferente se ela tivesse conseguido esperar um ano. Hoje, continuo na luta para garantir que os familiares de pessoas com AME não tenham que passar por isso.

Professora associada de Neuropediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Alexandra Prufer enviou uma carta às associações de AME afirmando que uma rede de especialistas brasileiros quer ajudar nesse processo. “Os neuropediatras estão se organizando para listar pelo menos um colega por estado que possa receber informação sobre as pesquisas, entender a forma de uso, os efeitos colaterais e a estrutura necessária para administração do medicamento”, diz a carta. “Para ter indicação para futura prescrição do medicamento, é fundamental que se haja a confirmação genética de que as manifestações são decorrentes da alteração neste gene SMN-1 e não em outros genes”.

A empresa de biotecnologia Biogen informou, também em carta às associações, que “aguarda a aprovação da agência europeia de medicamentos e que, em breve, submeterá o pedido de registro no Brasil para apreciação da Anvisa”.


Fonte:http://oglobo.globo.com/sociedade/saude/primeiro-remedio-para-atrofia-espinhal-sera-submetido-anvisa-1-20700446

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O poder do exercício para tratar 16 problemas sérios de saúde

A atividade física é prescrita para enfrentar doenças sérias - de diabete a Alzheimer. Saiba por que os profissionais apostam em seus efeitos terapêuticos

São Paulo – Desde 1952, quando cientistas ingleses descobriram que motoristas de ônibus eram mais propensos a sofrer um piripaque no coração do que cobradores — na época, estes andavam pelo veículo para coletar as passagens —, a Medicina moderna abriu os olhos para o poder preventivo da movimentação. Ainda na conclusão desse estudo, o epidemiologista Jeremy Morris já antecipava: “Quando surge, a doença cardíaca é menos severa em pessoas ativas”.
Apesar da deixa, o uso terapêutico do esforço físico só ganhou espaço recentemente. “Se no passado um infartado ficava na cama por meses, hoje programamos exercícios nos dias seguintes para reabilitá-lo quanto antes”, compara Marcelo Leitão, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.
Essa quebra de paradigma vai além da cardiologia. Do diabete à esclerose múltipla, pinçamos 16 males que são combatidos com o suor da camisa. Eles foram tirados de levantamentos publicados no periódico The Lancet sobre as principais causas de morte do mundo.
Essas análises ressaltam que 1,6 milhão de pessoas morreram no ano passado devido ao sedentarismo, um aumento de 19% em relação a 2005. “E as estimativas subestimam a inatividade, uma vez que não consideram todas as doenças associadas a ela”, diz o educador físico Pedro Hallal, professor da Universidade Federal de Pelotas (RS).

1 – Diabete

143,1 milhões de anos perdidos por morte ou limitação física entre a população.
É o excesso de glicose na circulação que define o problema. Mexer o corpo não só ajuda a usar as sobras de açúcar vagando pelo sangue como também favorece a ação da insulina, hormônio que abre as portas das células para a molécula entrar e virar energia.
“Curiosamente, a atividade física reduz a glicemia por vias paralelas às dos remédios”, conta Bruno Rodrigues, diretor do Departamento de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Ou seja, as táticas se complementam e isso minimiza o risco de danos aos olhos, aos rins, ao coração.
Na prevenção
• As práticas aeróbicas (caminhada, bike…)seriam as mais eficazes para manter a glicemia no controle.
No tratamento
• Sincronize a dose e o horário dos remédios com os treinos.
• Leve um sachê de açúcar e o use em caso de hipoglicemia.

2 – Hipertensão

211,8 milhões de anos perdidos por morte ou limitação física entre a população.
De acordo com uma das pesquisas divulgadas no The Lancet, essa é a condição que mais tira anos saudáveis da população, seja por ocasionar mortes, seja por desencadear limitações significativas. Agora considere que seis meses de malhação acarretam uma queda de 5 a 7 milímetros de mercúrio na pressão sistólica (o primeiro número da medida), e que um hipertenso leve apresenta esse valor na casa dos 150 quando deveria estar, no máximo, em 130.
Ora, não parece ser uma redução tão expressiva, certo? Errado. “Com 4 milímetros de mercúrio a menos, já se vê o risco de um acidente vascular cerebral cair em 15% e o de um infarto, em 10%”, revela Rodrigues. Motivos para essa bem-vinda baixa na pressão não faltam.
Doses frequentes de agito instigam a produção interna de óxido nítrico — gás que relaxa a parede das artérias —, fomentam a criação de novos vasos que facilitam a circulação, sincronizam os neurônios para que eles comandem a dilatação dos tubos sanguíneos sem atravancos… “Os exercícios ainda atenuam outros fatores de risco, como obesidade, diabete e colesterol alto, que se juntam à hipertensão para acelerar o aparecimento dos problemas cardiovasculares”, raciocina Leitão.
Na prevenção
• Busque seguir a recomendação de treinar pelo menos 150 minutos na semana.
• Evite ficar longos períodos sentado. Levante-se de hora em hora (busque um café, converse com um amigo…).
No tratamento
• Aposte nas modalidades que dão fôlego.
• Não prenda o ar durante um exercício para evitar picos de pressão — isso ocorre em sessões intensas de musculação.

3 – Colesterol alto

88,7 milhões de anos perdidos por morte ou limitação física entre a população.
As taxas de colesterol até caem com pedaladas e afins. No entanto, a grande vantagem de sair do sofá é melhorar
o perfil das partículas de gordura que trafegam pelo organismo — elas se tornam menos densas e, assim, pouco afeitas a se fixar nas veias e artérias. Embora não dê pra notar tão bem esse benefício nos exames, ele diminui o risco de entupimentos.
Na prevenção
• A maior redução nas frações de colesterol parece vir de práticas intensas. Se possível, aumente o ritmo.
No tratamento
• Como em outros contratempos que agridem o coração, é importante consultar um médico antes de apertar o passo.

4 – Obesidade

120,1 milhões de anos perdidos por morte ou limitação física entre a população.
Colocar-se em movimento emagrece e evita o efeito sanfona. Acima disso, aplaca as consequências do excesso de peso. “Um obeso ativo tem menor risco de sofrer males cardiovasculares do que magros sedentários”, informa a endocrinologista Cintia Cercato, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Na prevenção
• Progrida nos treinos para assegurar um bom gasto energético.
• Não se presenteie com comida calórica ao sair da academia.
No tratamento
• Comece devagar e evolua aos poucos.
• Maneire nas atividades de impacto para não machucar as articulações.

5 – Câncer

8,8 milhões de mortes causadas em 2015 (17% a mais que em 2005).
Um artigo do final de 2015 provocou rebuliço entre os profissionais de saúde que combatem essa doença. Sustentado em 71 trabalhos, ele revelou que indivíduos que se exercitaram em intensidade moderada — cerca de três horas por semana — depois do diagnóstico de um tumor exibiram uma probabilidade 35% menor de morrer dessa causa.
“Também estão aparecendo estudos que ligam a atividade física a uma menor incidência de desenvolver um segundo câncer de mama entre as sobreviventes”, relata Hallal. Além de aparentemente viverem mais, os pacientes que não abandonam a sala de ginástica vivem melhor. “Certos medicamentos contra tumores ocasionam cansaço, um sintoma que temos dificuldade para solucionar. Felizmente, os exercícios são um ótimo recurso para espantá-lo”, exemplifica a oncologista Laura Testa, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.
Você não entendeu errado: atualmente é recomendado sair do marasmo durante a fase aguda do tratamento. A atitude até conteria os estragos da quimioterapia ao coração, o que é uma vantagem e tanto para quem superou a enfermidade e tem a vida toda pela frente. “Mas esse não é o momento de traçar metas ousadas. Qualquer prática já ajuda e deve ser supervisionada por um especialista”, comenta Laura. Após as coisas acalmarem, aí sim dá para correr pra valer atrás do atraso.
Na prevenção
• Diretrizes internacionais pedem 75 minutos de atividade vigorosa ou 150 de moderada por semana.
No tratamento
• Nunca se exercite sem autorização.
• Procure malhar quando as reações adversas das drogas estejam mais leves.

6 – Doenças respiratórias

3,8 milhões de mortes causadas em 2015 (2% a mais que em 2005).
Entre os males não transmissíveis, elas só ficam atrás em número de óbitos dos problemas cardiovasculares e dos tumores. Dentro desse grupo de moléstias, destacam–se a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que acumula 3,2 milhões de falecimentos, e a asma, com mais 397 mil.
Comecemos pela primeira, uma espécie de inflamação crônica dos pulmões vinda do tabagismo ou da inalação contínua de poluentes que culmina em tosse e muita falta de ar. Hoje em dia, o sedentarismo é reconhecidamente um dos fatores que mais abreviam a longevidade de seus portadores.
“Por outro lado, eles passam, em média, 90% do tempo que estão acordados na posição sentada. Isso porque, entre outras razões, têm medo de exacerbar a condição”, descreve o educador físico e fisioterapeuta Celso Fernandes de Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP).
Uma pena: superar a dificuldade inicial de realizar um esforço ameniza os estragos da DPOC. “O processo inflamatório contribui para a fraqueza muscular. Ao contra-atacar isso, as atividades físicas conferem fôlego, independência e qualidade de vida”, destaca Oliver Nascimento, pneumologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O importante é, principalmente em casos avançados, realizá-las junto a um profissional. Com o passar dos meses, ganha-se autonomia. Na asma, os benefícios também são enormes, em especial para escapar de seus sintomas desgastantes. Agora, não se esqueça da bombinha — ela salva a pátria quando uma crise surge no meio do treino.
Na DPOC
• Se a situação for grave, vá de exercícios intervalados — dois minutos de caminhada e um de descanso, por exemplo.
Na asma
• Tenha cuidado ao treinar em um ambiente muito quente, frio, empoeirado ou com cheiro forte.

7 – Cirrose

1,3 milhão de mortes causadas em 2015 (10% a mais que em 2005).
Essa cicatriz no fígado que compromete seu funcionamento pode ser resultado de diversos fatores, entre eles o acúmulo de gordura ligado à obesidade — a isso se dá o nome de esteatose hepática não alcoólica.
Logo, é até óbvio imaginar que, ao queimar mais calorias e emagrecer, um sujeito espantaria esse perrengue. Mas os estudos começam a indicar que a movimentação deflagra essa proteção mesmo quando não se perde peso.
Na prevenção
• Experimente modalidades que torram gordura aos montes, como a corrida.
No tratamento
• Combine práticas aeróbicas com a musculação e sempre fique de olho na balança.

8 – Doenças renais

1,2 milhão de mortes causadas em 2015 (32% a mais que em 2005).
O diabete e a hipertensão patrocinam a falência dos rins. Em outras palavras, o simples fato de baixar a pressão e regular a glicemia blinda a dupla dos órgãos filtradores. “Acontece que os exercícios também reduzem a degeneração das fibras musculares, algo comum entre os pacientes”, conta Henrique Mansur, educador físico do Instituto Federal do Sudeste de Minas.
Na prevenção
• Como o foco é afugentar diabete e hipertensão, dê espaço para ciclismo, futebol, caminhada, corrida…
No tratamento
• Reserve tempo para o levantamento de peso.
• Se estiver fazendo diálise, mexa pouco o braço com o acesso.

9 – Osteoporose

361 mil mortes por baixa densidade óssea em 2015 (28% a mais que em 2005).
A fraqueza dos ossos costuma aparecer a partir dos 50 anos. Contudo, é na infância e na juventude que a rebatemos com maior efetividade. “Nas duas primeiras décadas, acumulamos massa óssea para o resto da vida”, ensina o reumatologista Fabio Jennings, coordenador da Comissão de Reabilitação e Exercícios Físicos da Sociedade Brasileira de Reumatologia. “E as atividades de impacto são fundamentais nesse sentido”, arremata.
Os saltos e as passadas repetitivas — assim como a musculação — geram um estímulo que incita o depósito de cálcio na ossatura e reduz o ritmo de células que a degradam. Daí porque devemos estimular a garotada a brincar ao ar livre ou jogar bola.
Agora, os adultos também aplacam o processo de perda óssea ao vencerem o sedentarismo. Mais do que isso, aprimoram o equilíbrio, prevenindo quedas.
Aí que está: várias das fraturas proporcionadas pela osteoporose dão as caras quando a pessoa toma um tombo qualquer. “Fortalecer a musculatura para que ela sustente bem o corpo e fazer esportes que trabalham a coordenação são ótimas estratégias”, aconselha Jennings.
Uma revisão da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, atesta que mexer o esqueleto baixa o risco de quebrar o quadril em 45% nos homens e em 38% nas mulheres. E isso entre idosos com o arcabouço fragilizado. Só não é recomendado definir o treino por conta própria quando a osteoporose já se instalou: há casos em que míseros rolamentos no chão abrem brechas a fraturas.
Na prevenção
• Use o impacto como aliado. Natação e ciclismo, por exemplo, não estimulam muito os ossos.
No tratamento
• Invista na musculação e converse comum expert sobre como aperfeiçoar seu equilíbrio.

10 – Epilepsia

124,9 mil mortes causadas em 2015 (5% a mais que em 2005).
A Liga Internacional Contra Epilepsia lançou um relatório sobre a realização de esportes entre as vítimas desse transtorno, marcado por emissões elétricas anormais entre os neurônios que geram convulsões.
Repare neste trecho: “Epilépticos costumam ser orientados a não se exercitar, em geral por medo, superproteção ou ignorância. Mas evidências sugerem que o hábito favorece o controle das crises e incrementa aspectos psicossociais”. Um dos autores do parecer, o neurocientista Ricardo Arida, da Unifesp, crava que não dá mais para defender a inércia. “Mexer-se regula as descargas entre as células nervosas. Nos animais, a redução da quantidade de convulsões chega a 50%”, constata.
O recado é se consultar com um neurologista para ver quais as modalidades mais indicadas e as que envolvem riscos dependendo do seu quadro.
No tratamento
• Não se envolva com práticas radicais, como escalada ou automobilismo, sem o aval de profissionais.
• Pode apostar na natação, porém apenas com a supervisão constante de um professor.
• Priorize os exercícios aeróbicos.

11 – Artrite reumatoide

30 mil mortes causadas em 2015 (13% a mais que em 2005).
Estamos de um mal autoimune que acomete as juntas. O exercício reduz a dor, preserva a capacidade funcional e inclusive protege contra panes cardíacas, mais frequentes nessa população. Anexo: um trabalho sueco evidenciou que mulheres ativas possuem um risco 35% menor de manifestar a doença. É sinal de que práticas corporais chegariam a preveni-la.
Na prevenção
• Ainda não há resoluções definidas. O conselho é fortificar os músculos que cercam as articulações.
No tratamento
• Individualize o treino segundo as limitações. Se está difícil abrir frascos, foque nas mãos e no antebraço, por exemplo.

12 – Aids

1,2 milhão de mortes causadas em 2015 (33% a menos que 2005).
Há uma possibilidade, ainda em debate, de os esportes turbinarem o sistema imune de sujeitos com HIV. “Mas já está certo que eles elevam a autoestima, além de afastar problemas cardiovasculares, que são mais comuns em virtude do coquetel antirretroviral”, ressalta Luís Fernando Deresz, educador físico da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG).
No tratamento
• Combine treinos aeróbicos, bons para o peito, com os que não deixam os músculos definharem.
• Fique de olho na carga viral e pegue leve para não deprimir a imunidade.

13 – Parkinson

117,4 mil mortes causadas em 2015 (42% a mais que em 2005).
“Assim que o paciente chega, avisamos que o tremor não é algo que conseguimos conter tão efetivamente com exercícios”, introduz a fisioterapeuta Erika Okamoto, da Associação Brasil Parkinson. “Porém, eles contribuem demais frente à lentidão dos movimentos, à rigidez muscular e à instabilidade postural”, destaca.
Baseados nisso, ela e outros especialistas da entidade lançaram um manual com atividades motoras simples que visam contra-atacar os efeitos dessa condição. Umas são voltadas para a respiração, outras para conservar o equilíbrio e a marcha, algumas para que o momento de tomar banho ou se vestir seja o mais natural possível.
Eis que, logo nas primeiras páginas do documento, surge uma dica importante: executar todos os gestos com a amplitude máxima, ou seja, fazendo-os até o fim. “Essa tática, que deve ser incorporada  na caminhada, na academia ou onde for, ajuda a evitar aquela rigidez muscular”, ensina Erika.
Isso explica o motivo pelo qual as sessões de alongamento merecem espaço cativo na agenda dos portadores de Parkinson. Um último recado envolve as medicações. O ideal é suar a camisa enquanto elas estão agindo. Sem a ação dos remédios, pode ser complicado executar certos movimentos com velocidade e precisão.
No tratamento
• Quando possível, exercite-se próximo a um local onde dê para se apoiar. Ou tenha alguém ao lado.
• Trabalhe o corpo todo para manter uma boa postura.
• Experimente caminhar segurando bastões para estimular os braços.

14 – Uso de drogas

2,7 milhões de mortes causadas em 2015 (6% a mais que em 2005).
Enquanto a prevalência de tabagistas caiu mais de 25% de 1990 a 2015, a de usuários de drogas (sem contar os alcoolistas) subiu na mesma proporção. E, apesar de termos muito a aprender quanto a questões específicas — como qual exercício é mais positivo para cada dependente químico —, desde 2012 as diretrizes do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos incluem a atividade física como parte do tratamento.
“Temos bons indicativos de que ela ameniza a fissura e estende o período de abstinência, por exemplo”, ilustra Angélica Adamoli, educadora física do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Para colher os benefícios, o correto é largar a preguiça pelo menos três vezes por semana, porém Angélica destaca que vários pacientes relatam uma menor vontade de recorrer a um entorpecente na hora que calçam o tênis e começam a correr. “Ainda precisamos estudar isso a fundo, mas uma sessão pontual talvez já contribua contra a ansiedade e as recaídas”, conclui.
Na prevenção
• Teste diferentes modalidades. Ao encontrar prazer em uma, o risco de apelar para as drogas diminui.
No tratamento
• Fale com um expert para driblar limitações impostas pelo vício.
• Mantenha adesão ao treino. Isso reduz o risco de recaída.

15 – Alzheimer

1,9 milhão de mortes causadas em 2015 (38% a mais que em 2005).
Não é que caminhadas ou braçadas debaixo d’água farão alguém recuperar as memórias perdidas para essa ou outras demências. “Só que elas podem retardar a progressão do estrago”, afirma a neurologista Sonia Brucki, da USP. Em experimentos dela e de seus colegas, exames mostraram incrementos no funcionamento cerebral dos enfermos que andaram na esteira.
Na prevenção
• Busque consolidar um dia a dia ativo ao longo da vida inteira, com passeios no parque, andanças até a padaria…
No tratamento
• Invista nas práticas aeróbicas, as mais consolidadas no mundo científico. Concentre-se nos gestos executados.

16 – Esclerose múltipla

18,9 mil mortes causadas em 2015 (15% a mais que em 2005).
A esclerose múltipla leva à destruição gradual de alguns grupos de neurônios, abalando a locomoção, a visão, a autonomia… “Cerca de 40% dos portadores reportam fadiga. E exercícios combatem esse sintoma”, afirma o neurologista Douglas Sato, do Instituto do Cérebro (RS). Sair do sedentarismo também garante força muscular e independência.
No tratamento
• Aposte na hidroginástica e outras variantes aquáticas. A piscina facilita a movimentação.
• Busque orientação. A reabilitação ajuda muito a preservar a musculatura e a capacidade de se locomover.
Fonte: http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/o-poder-do-exercicio-para-tratar-16-problemas-serios-de-saude/

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Osteoporose: doença não atinge somente idosos

Pesquisas mostram que jovens também podem sofrer com a enfermidade, diz médico

Ortopedista Lúcio Rogério Costa de Paula faz alerta sobre a prevenção e cuidados com a doença
Por Otávio Neto
Você já teve algum tipo de dor nas costas? Chegou a procurar algum médico para saber o motivo? Saiba que um simples incômodo nessa região do corpo pode ser sinal de fratura e até de uma vértebra quebrada. E isso pode ocorrer sem que haja queda e sem bater as costas. Tudo por conta da osteoporose, uma doença silenciosa que atinge mais de 10 milhões de pessoas no país, segundo a Organização Mundial de Saúde. 
Com o significado de “osso poroso”, a doença leva à perda de massa de óssea e se desenvolve de forma imperceptível, sem sintomas aparentes até a ocorrência de uma fratura, principalmente, no pulso, no quadril e no fêmur. “Ela é caracterizada pelo comprometimento da resistência e deixa o osso mais fraco, fazendo das mulheres de faixa etária acima de 40 anos as principais vítimas”, avalia o ortopedista Lúcio Rogério Costa de Paula. 
Recentes pesquisas apontam que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima de 50 anos no mundo, sofrem com a doença. O profissional considera o cenário um grave problema de saúde pública e que merece atenção especial dos programas do governo e entidades médicas. Isso porque com o envelhecimento populacional, a incidência de osteoporose e, consequentemente, as fraturas, têm aumentado. 
“O número de pessoas que sofre com esta doença é cada vez mais alto e está ligado diretamente com o envelhecimento da população. Por isso, é importante prevenir o quanto antes e, a partir do momento em que a doença, é constatada iniciar o tratamento para reverter o quadro”, explicou o ortopedista. 
Mas, é preciso ficar atento porque a osteoporose não atinge apenas os mais velhos. Fatores socioculturais e alimentação deficiente também podem levar a uma fragilização dos tecidos dos ossos. O mesmo pode ocorrer com aqueles que têm baixa ingestão de cálcio ou vitamina D, consumo excessivo de bebida alcoólica, cigarro, sedentarismo ou possui histórico familiar.
PREVENÇÃO
Segundo o especialista, o diagnóstico é feito após exames de rotinas, quando é possível constatar alterações nos níveis de cálcio e vitamina D nos exames de urina e sangue. E para checar como andam os ossos, os profissionais recomendam que se faça uma densitometria óssea, um tipo de exame que pode ser realizado em qualquer pessoa cuja imagem sai em segundos. Para o tratamento é recomendado o consumo ou suplementação de cálcio, exposição ao sol (que estimula a produção de vitamina D no corpo) e exercícios físicos. “O esqueleto atinge o pico de maturação da massa óssea em torno de 27 a 30 anos de idade, período ideal para o incentivo da prática de todo tipo de atividade física e para a melhora dos hábitos nutricionais, aumentando a aquisição corporal de massa óssea e muscular”, frisou. 
A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de que haja um consumo de 1g (1000mg) de cálcio por dia. 

Fonte: http://www.jpnews.com.br/noticias/2016/2594165/osteoporose-doena-no-atinge-somente-idosos

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...