sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Dor nas costas é o principal motivo de afastamentos do trabalho no Brasil

Se você sofre de dor nas costas, talvez sirva de consolo saber que você não está sozinho. No Brasil, esse é o principal motivo de afastamentos do trabalho. Mas a maioria das pessoas poderia evitar isso.
Ricardo voltou ao trabalho depois de dez dias afastado por causa de uma dor forte na coluna.
“O médico entende que ainda não é um caso cirúrgico, então vou partir para sessões de fisioterapia, fortalecimento muscular e acompanhar o problema para ver como evolui”, conta o advogado Ricardo Soares Santos.
A dor nas costas é a principal causa de afastamento do trabalho, segundo o INSS. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, oito em cada dez pessoas vão ter problemas de coluna em algum momento da vida. E a postura errada é uma das maiores causas de lesões na lombar.
“Ficar sentado por muito tempo aumenta a pressão interior dos discos intervertebrais, que são essas peças de cartilagem no final da coluna. Em segundo lugar, a musculatura que envolve a região lombar precisa ser trabalhada, porque ela funciona como um suporte adicional à sustentação de peso”, afirma o ortopedista do Hospital Albert Einstein Alberto Gotfryd.
No ano passado, foram mais de cem mil afastamentos registrados no INSS, um aumento de 4% em relação a 2013.
A empresa mostrada no vídeo acima tinha uma média de dez afastamentos por ano e conseguiu reduzir o problema a zero.
Claudia Souza, gerente de RH: Nenhuma pessoa afastada.
Jornal Nacional: Quer dizer, é um investimento que vale a pena fazer?
Claudia Souza: Vale muito a pena.
A recomendação de fazer uma pausa no trabalho, de hora em hora, para alongar, é estimulada com a ginástica laboral.
A fisioterapeuta explica qual a postura correta para evitar as dores.
“Ela deveria estar com a lombar apoiada no apoio, no encosto ou, se não possível, arrumar almofadinha, algum apoio de coluna lombar”, diz a fisioterapeuta Fabiana Zanutto.
O computador tem que estar a 50 centímetros de distância. É só esticar o braço para ver.
“Porque se tiver muito longe, muito distante, automático é fazer a extensão. Se tiver muito próximo, automático, eu vou fazer a flexão. Então aqui, mantém a postura neutra”, mostra Fabiana Zanutto.
Os nossos pés, diz ela, precisam estar totalmente apoiados no chão. A postura ideal é com ângulos retos no quadril, joelho e tornozelo. E a empresa tem até um serviço de massagem.
“Parece que os problemas ficam na cadeira realmente”, observa uma mulher.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Dor neuropática afeta gravemente a qualidade de vida dos doentes

É pessoal. A dor neuropática parece que só afeta os outros. Não é verdade; eu também tenho. Há um ano e meio, ao sair do carro, tive uma crise violenta de dor ciática em membro inferior esquerdo. Foi talvez a pior dor que já senti. Passei a noite no chão do meu quarto, chorando de dor, apesar de todos os analgésicos que tomei. No dia seguinte fiz uma ressonância, e durante o exame aconteceu algo inexplicável: durante o exame a dor cedeu, e meu pé esquerdo "caiu". O fragmento moveu-se pelas ondas eletromagnéticas da ressonância, machucou o gânglio da raiz, diminuiu a dor agudissima e removeu a mobilidade e sensibilidade do pé. Não foi necessário cirurgia e em três meses a hérnia foi absorvida. Passados 18 meses, recuperei parcialmente a força de meu pé, que continua anestesiado e com uma dor que me obriga até hoje a usar medicamentos. Vejam, pode acontecer com qualquer um; com ou sem cirurgia. Leiam este texto e poderão perceber que é muito mais comum do que parece. Bom final de semana a todos! 

Ernani Vianna Abreu.


Dor neuropática afeta gravemente a qualidade de vida dos doentes

A dor neuropática ocorre como consequência direta de uma lesão ou de doenças que afetam o sistema somatossensitivo. São situações de dor neuropática periférica a radiculopatia lombar (“ciática”), a neuralgia pós-herpética (dor persistente após um episódio de herpes), a neuropatia diabética, a neuropatia causada por VIH e a dor crônica pós-cirúrgica. A dor neuropática central pode surgir, citando como exemplos, após AVC (acidente vascular cerebral), na lesão da medula espinhal ou ainda na esclerose múltipla.
Esta algia é caracterizada por sintomas desagradáveis, descritos pelo doente como um choque elétrico, fisgada ou tiro, ardor ou queimadura, dormência ou formigueiro, como o “pisar vidros”, ou de sensações difíceis de serem descritas, por estas estarem alteradas, porque a sensibilidade pode estar reduzida ou aumentada e a dor surgir como resposta a um leve toque ou pressão na zona lesada.
Utilizando a definição de dor crónica da International Association for the Study of Pain - IASP (dor com mais de 3 meses de duração), esta atinge 25% dos europeus e 30% da população portuguesa. A Prevalência e Incidência da dor neuropática é elevada, estimando-se que em cerca 7-8% dos adultos com dor crônica esta apresenta características neuropáticas. A sua incidência (novos casos) na Holanda foi de cerca de 8 casos por 1.000 pessoas/ano e na Alemanha cerca de 37% dos doentes com lombalgia crónica têm um componente neuropático predominante.
20% Dos pacientes com doença oncológica têm dor neuropática, resultante da doença ou de seu tratamento.
No Reino Unido, 26% dos diabéticos referem dor neuropática periférica o que significa aproximadamente 47 milhões de indivíduos em todo o mundo. Este número irá crescer com o aumento da prevalência da diabetes (de 2,8% em 2000 para 4,4% estimados em 2030).
Das 33 milhões de pessoas mundialmente infectadas por VIH, cerca de 35% têm dor neuropática que não cede aos tratamentos convencionais. Um estudo norueguês documentou 40% de dor pós-operatória persistente, dos quais um quarto tem características neuropáticas.
A qualidade de vida dos doentes é classificada como “muito baixa”, sendo esta mais dependente da gravidade da dor neuropática do que de sua causa subjacente.
Um estudo do Reino Unido refere que 17 por cento das pessoas com esta algia classifica a sua dor como “pior do que a morte”.
Investigar e compreender os mecanismos neurofisiológicos, celulares e moleculares que contribuem para a dor neuropática é importante para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas, para o controlo da algia e consequente melhor qualidade de vida.
Os fatores de risco específicos incluem todos os que aumentam as condições patológicas subjacentes já referidas. Os gerais são múltiplos, estando descritos os genéticos, o género feminino, a idade avançada, a perda de familiares, a inatividade física, entre outros.
É consensual que os analgésicos “comuns” são ineficazes para o controlo da dor neuropática. As normas baseadas na denominada “Medicina de Evidência” para o seu tratamento, recomendam os fármacos antiepilépticos (por ex. gabapentina ou pregabalina), antidepressivos (por ex., amitriptilina ou duloxetina) e/ou preparações tópicas (ex. lidocaína ou capsaicina), além de outras drogas e abordagens não farmacológicas.
Apesar da existência de diversos fármacos eficazes (porventura não disponíveis em muitos países do mundo) e de diferentes guidelines, esta algia permanece subtratada ou não tratada. Um melhor conhecimento da dor neuropática (por doentes e profissionais de saúde), o acesso à prevenção e tratamentos eficazes, são fatores muito importantes para evitar ou diminuir a prevalência, a incidência e o impacto da dor neuropática. 
* Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

3 Maneiras de Evitar a Recorrência da Ciática

A prevenção da ciática no dia-a-dia pode ser feita adotando estas medidas básicas:

1.Exercício regular

Faz bem para sua saúde no geral, assim como para sua coluna. Lembre-se que os músculos abdominais e espinhais inferiores são essenciais para a manutenção de uma postura correta e para o alinhamento da coluna.
Estes formam o conjunto chamado músculos de “core”, termo emprestado do inglês e muito usado nas academias, que literalmente significa “cerne, ou parte central”.
Qualquer exercício com ênfase no “core”  foca o fortalecimento dos músculos abdominais e espinhais, como na musculação, pilates, yoga, tai chi, para citar algumas. Além de melhorar a postura e posicionar corretamente a bacia, eles promovem função respiratória harmônica e manutenção das vísceras na sua posição anatômica.

Com isso, as chances do paciente ciático sofrer uma crise ficam reduzidas.


Mas, lembre-se sempre, peça orientações ao seu médico sobre as atividades que poderá praticar.



2. Postura sentada correta

Sempre escolha cadeiras giratórias com bom suporte para as costas, em especial para a região lombar, e com descansos para os braços. Caso a coluna ainda fique com uma curva acentuada, como acontece numa lordose, por exemplo, pode-se usar uma almofada, travesseiro ou toalha enrolada para diminuir a acentuação e manter a curva natural. Também é importante manter joelhos e quadris na mesma linha horizontal, ou seja, na postura pélvica correta.
Quando for trabalhar ao computador, ajuste a cadeira de modo que seus pés estejam plantados no chão e seus braços apoiados nos descansos de braços, com os cotovelos em ângulo reto. Manter a postura visual correta também faz parte desta lista de recomendações ergonômicas que possam afastar a crise ciática. Com relação ao monitor: deve estar posicionado na linha horizontal dos seus olhos. Portanto,  nada de ficar encurvado para ler! Se você passa muitas horas em frente ao computador, faça paradas freqüentes, levante e dê uma voltinha no escritório mesmo para relaxar os músculos e aliviar a coluna. Se você que estiver lendo isso sofre de ciática, que tal fazer um teste agora mesmo? Está tudo como deve estar? Está se prevenindo?

3. Consciência da biomecânica do seu corpo

Para se ter uma coluna saudável, na hora de ficar de pé, levantar objetos pesados e dormir, é essencial que esteja consciente da sua postura e que a corrija quando necessário. Como já ressaltei em post anterior sobre as vantagens da postura correta, a postura errada força a coluna, podendo levar à fadiga e sobrecarga das estruturas dela, tais como articulações e nervos.
Se você trabalha de pé por longos períodos, use um descanso de pé. Pode ser uma caixa, banquinho, ou até um catálogo de telefone. Vá alternando, descanse um pé, depois outro. Não se esqueça também da postura visual correta, pois os olhos também agradecem! Ao assumir a postura correta, haverá alinhamento visual e pélvico.
Quando for levantar pesos, deixe que os membros inferiores façam o esforço. Levante e abaixe sem se inclinar, mantendo a coluna reta, e dobrando somente os joelhos. Mantenha o peso próximo ao corpo. Tente não levantar e girar ao mesmo tempo. Se o objeto for pesado demais ou exige esforço demasiado para para levantá-lo, faça-o em dupla.
Seguindo estas recomendações básicas, sempre com orientação médica, o paciente ciático estará se prevenindo contra a recorrência das crises.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Sintomas de Hérnia de Disco

Os sintomas de hérnia de disco se resumem a dor localizada nas costas que, normalmente, piora com os movimentos, podendo intensificar quando o indivíduo tosse, ri ou mesmo quando se esforça para evacuar.
Os sintomas da hérnia de disco cervical podem ser:
  • Dor no pescoço;
  • Dificuldade em realizar movimentos com o pescoço;
  • Sensação de dormência ou formigamento no ombro, no braço, cotovelo, mão ou dedos;
  • Pode haver fraqueza num dos braços.
  • Dor na região lombar (fundo das costas);
  • Dor ao longo do trajeto do nervo ciático que vai da coluna vertebral à nádega, coxa, perna e calcanhar (dor ciática);
  • Pode haver fraqueza nas pernas;
  • Dificuldade em elevar a parte anterior do pé;
  • Pode afetar os nervos que controlam a função intestinal e a bexiga, comprometendo a defecação ou a micção.

Tratamento para hérnia de disco

  • Sessões de fisioterapia;
  • Toma de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos;
  • Natação orientada pelo fisioterapeuta especialista em terapias aquáticas;
  • Pilates orientado pelo fisioterapeuta especialista em técnicas de Pilates Clínico;
  • Uso de cintas para apoiar a coluna vertebral ou uso de colar cervical, por um curto período de tempo;
  • Sessões de osteopatia que deve ser realizada pelo osteopata ou fisioterapeuta especialista em osteopatia.


Os sintomas da hérnia de disco lombar podem ser:
Os sintomas da hérnia de disco podem ser diferentes de um indivíduo para o outro, pois depende da sua localização e intensidade de compressão. Esses sintomas podem surgir subitamente, desaparecer espontaneamente e retornar em intervalos imprevisíveis. Mas podem também ser constantes e de longa duração.
Se o indivíduo tiver algum destes sintomas, deve procurar um ortopedista, para que ele faça uma avaliação e peça exames de imagem como raio-X, ressonância magnética ou tomografia da coluna, e determine se o indivíduo deve ou não fazer fisioterapia ou se deve ser submetido a uma cirurgia, devido à gravidade da lesão.
O tratamento para hérnia de disco pode ser feito com:
Se estes tratamentos forem devidamente realizados mas não forem o suficiente para travar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente, há indicação para realizar uma cirurgia na coluna. No entanto, esta também poderá não alcançar o benefício pretendido.
Para o sucesso do tratamento é importante que todas as causas sejam eliminadas.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O que Saber sobre a Cirurgia de Coluna


A cirurgia geralmente não é a resposta para a dor nas costas, mas pode ajudar em alguns casos. Saiba mais sobre quando a cirurgia é oferecida para dor nas costas.

Você pode se lembrar do momento exato. Você se abaixou para pegar o jornal e bum! Sua parte inferior das costas começou a doer. Semanas mais tarde, você ainda tinha dor. Um amigo fez uma cirurgia na coluna e isso ajudou. Você quer saber se a cirurgia iria ajudá-lo também.

Considere isto primeiro. A maioria das pessoas que procuram atendimento médico para dor lombar melhoram com o tratamento conservador dentro de um mês. Isto pode incluir uma combinação de descanso limitado, medicação para dor ou anti-inflamatórios, calor e fisioterapia.

Quando pode ser necessário fazer cirurgia?

Cirurgia de coluna é uma abordagem agressiva para dor nas costas que só é necessária em poucos casos. A maioria das causas de dor nas costas não responde a cirurgia.
As condições mais comuns que as pessoas podem procurar uma cirurgia de coluna são para hérnia de disco e estenose de canal espinhal.
A cirurgia foi um tratamento de primeira linha para uma hérnia de disco. Mas estudos recentes mostram que o tratamento conservador, incluindo um limitado período de descanso, medicamentos e fisioterapia, funciona para a maioria das pessoas. Além disso, em muitos casos, hérnia de discos que aparecem em exames de imagem não são a causa dos sintomas de dor nas costas.

Para estenose de canal, os especialistas aconselham tentar métodos não cirúrgicos por pelo menos 3 meses antes da cirurgia ser considerada. Até metade das pessoas com estenose espinhal estável melhoram com o tratamento conservador.

Se após 3 meses de tratamentos conservadores você não tiver alívio, ou os seus sintomas estiverem piorando, você pode ser um candidato para a cirurgia.

A cirurgia também pode ser uma opção se houver sintomas que envolvam danos a um nervo espinal, tais como:

  • Perda de controle da bexiga ou intestino
  • Dor que se irradia para a perna (ciática)
  • Formigamento, dormência ou fraqueza nas pernas
  • Dificuldade para andar
Você também pode precisar de cirurgia se tiver sintomas de infecção ou tumor:

  • Dor implacável ou dor noturna
  • Febre ou calafrios
  • Suores noturnos
  • Perda de peso inexplicada
Nota: Procure atendimento médico de emergência se você tem dor nas costas, juntamente com qualquer um dos seguintes:

  • Formigamento súbito e intenso, fraqueza ou dormência
  • Súbita dificuldade para caminhar
  • Perda súbita de controle da bexiga ou intestino
  • Náuseas, vômitos, febre ou calafrios
  • Dor intensa após a lesão, como uma queda ou um acidente de automóvel
Para alguns, o alívio da dor após a cirurgia é de curta duração. Assim que seis meses após a cirurgia, a dor pode voltar. Além disso, continua a ser necessário um longo período de fisioterapia após a cirurgia.

Tipos de cirurgia de coluna

A medula espinal fica envolta por uma coluna de ossos chamados vértebras. Nervos entram e saem da coluna vertebral.

  • Discotomia. Remove a hérnia de disco para aliviar a pressão sobre os nervos que saem da coluna vertebral.
  • Laminectomia. Remove uma ou mais lâminas, a parte do osso vertebral ao lado do canal medular, de modo que haja mais espaço para os nervos da coluna vertebral.
  • Fusão. Dois ou mais porções da coluna vertebral são fundidos em conjunto com os enxertos de osso em áreas em que o excesso de movimento provoca dor. Este tipo de cirurgia tem o maior potencial de efeitos colaterais e dor recorrente.
Os mais recentes procedimentos utilizam pequenas incisões para chegar ao disco, mas ainda há riscos.

Considere os riscos da cirurgia

Os riscos de uma cirurgia de coluna incluem infecção, sangramento e / ou reação à anestesia.

A coluna vertebral pode ser lesada durante o procedimento. Isto pode levar a paralisia, a perda de controle da bexiga ou do intestino, ou outra deficiência permanente. Em alguns casos, mesmo após a cirurgia, os sintomas podem voltar após alguns meses. Certifique-se de pesar os riscos antes de uma cirurgia.

Os especialistas sugerem que você obtenha uma segunda ou mesmo uma terceira opinião, se o seu médico recomendar uma cirurgia de coluna. Se você decidir pela cirurgia, também é importante encontrar um cirurgião que tenha muita experiência em fazer este tipo de cirurgia.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Postura correta ajuda a prevenir a escoliose

A escoliose é considerada um desvio anormal da coluna vertebral (para o lado esquerdo ou direito do corpo) e pode ter diversas causas: congênita, neuromuscular ou idiopática (sem causa definida). No entanto, independente da origem, maus hábitos de postura podem favorecer ou agravar o problema.
Como explica Dr. Alexandre Elias, neurocirurgião especialista em coluna pela Unifesp, o sedentarismo em geral; as muitas horas em frente à televisão, computador ou videogames; a sobrecarga da coluna com excesso de peso, como mochilas escolares, malas ou carregando caixas; o uso excessivo de salto alto e a realização de atividades físicas sem os cuidados de postura são alguns dos fatores que contribuem para causar ou intensificar dor na coluna lombar que pode agravar sintomas da escoliose, principalmente em paciente acima de 18 anos.
Em casos congênitos, ocorre de o paciente nascer com uma vértebra mal formada – parcialmente inclinada, em casos cuja etiologia é neuromuscular relacionado à doença do sistema nervoso, que acarreta fraqueza na musculatura da coluna vertebral.
Embora, na maioria dos casos não gere desconforto ou dor, podendo ser controlada com a reeducação postural e uso de coletes, a doença pode se apresentar de forma mais grave, necessitando inclusive de cirurgia. “Os casos em que o grau da curva é acima de 40 graus, há grande probabilidade de progressão, principalmente em pacientes que ainda irão crescer. Outro fator importante, principalmente para pacientes do sexo feminino, é o aspecto estético, pois a inclinação pode ser muito visível acarretando interferências estéticas e emocionais ao adolescente”.

Em casos não congênitos, a doença pode ser contida e/ou prevenida com o fortalecimento muscular e a atividade física (Foto: Shuttershock)

Pacientes adultos jovens, que já tinham a escoliose desde a adolescência, podem cursar com quadro de dor na coluna leve ou mesmo muito intensa, neste caso, as vezes precisando de cirurgia.
Dr. Alexandre conta que existem vários tipos de cirurgias, que são indicadas de acordo com a idade do paciente. “A mais comum é a artrodese, com as vértebras sendo fusionadas com o uso de parafusos para reduzir o desvio e o obter o melhor alinhamento possível da coluna. Pode ser necessária antes ou depois do término da fase de crescimento”.
O neurocirurgião orienta que o diagnóstico da escoliose é inicialmente clínico, em que o médico pede para o paciente inclinar o corpo para frente até que o tórax esteja paralelo ao chão, e assim visualiza as diferenças laterais. Outras alterações vistas no exame é a assimetria dos ombros e a distância do braço para o corpo e/ou dos quadris. Após o diagnóstico clínico, é pedido um exame de imagem, para confirmação do grau do desvio.
Em casos não congênitos, a doença pode ser contida e/ou prevenida com o fortalecimento muscular e a atividade física. Mas, o médico adverte que estas atividades não são suficientes frente a continuidade dos hábitos ruins, que devem ser corrigidos. “Em todos os casos, mesmo com curvaturas menores, é preciso sempre monitorar a evolução da doença”.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Hospital em SP faz cirurgia pioneira de hérnia complexa com robô

Máquina evita cirurgia aberta para tratar hérnia abdominal complexa. Vídeo mostra como funciona o equipamento.

Maria de Lourdes Santos Brito, de 68 anos, já tinha passado por 10 cirurgias quando se submeteu à cirurgia de hérnia abdominal complexa por robô (Foto: Mariana Lenharo/G1)

Maria de Lourdes Santos Brito, de 68 anos, já tinha se submetido a 10 cirurgias ao longo da vida quando seu médico disse que teria que passar por mais uma para tratar uma hérnia abdominal complexa. O problema – que ocorre quando parte do intestino “escapa” por um espaço aberto na parede muscular do abdômen – tem mais risco de acontecer justamente com quem já passou por muitas cirurgias na região.
Até pouco tempo atrás, a única alternativa para tratar esses casos era fazer uma nova cirurgia aberta para colocar o órgão que escapou de volta no lugar e instalar uma tela para proteger a parede abdominal. Trata-se de uma cirurgia grande, que muitas vezes envolve um corte enorme no abdômen. Há risco de infecção e do surgimento de novas hérnias.
Recentemente, uma equipe do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, fez pela primeira vez no Brasil uma cirurgia de hérnia complexa com uso de robô. A técnica é muito menos invasiva: em vez de um corte que percorre o abdômen todo, são necessários apenas cinco minúsculos orifícios. Por isso, a recuperação é mais rápida e os riscos de infecção são menores.
G1 acompanhou uma outra cirurgia feita em junho na instituição com o mesmo robô. Veja o vídeo para entender como esse tipo de procedimento funciona:




“Fazendo uma cirurgia de hérnia complexa por via robótica, o paciente vai para casa em um dia. Com a outra cirurgia, eles ficam até uma semana internados, com dor e risco de infecção”, diz o cirurgião do aparelho digestivo Carlos Domene, responsável pelo procedimento. Os resultados da nova cirurgia foram descritos no Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica, que aconteceu em junho no Rio de Janeiro.

O médico cita que esse é um dos exemplos que melhor evidenciam as vantagens da cirurgia robótica. Devido à complexidade do procedimento, ele não poderia nem ser feito por laparoscopia, opção de cirurgia menos invasiva com a ajuda de câmera, pois requer uma mobilidade maior das pinças dentro do paciente, que só possível com a ajuda do robô.


A cirurgia robótica foi a alternativa apresentada a Maria de Lourdes. “Eu tinha hérnia havia 20 anos, mas nunca quis operar, pois já tinha muitas outras cirurgias”, diz. Só na região do abdômen, passou por três cesáreas, retirada de útero e ovário e uma plástica. Ela vinha acompanhando de tempos em tempos a situação da hérnia até que seu médico concluiu que não dava mais para adiar a operação.


Com a opção robótica, ela ficou só um dia no hospital. “Depois, fiquei só com alguns esparadrapos que foram tirados depois de oito dias. Hoje me sinto normal, não dá para sentir que tem uma tela por dentro do abdômen”, conta.



Robô Da Vinci

Na cirurgia com robô, um cirurgião controla os braços mecânicos que levam câmera, pinças e outros instrumentos cirúrgicos ao interior do paciente. O cirurgião fica na sala de cirurgia, sentado em um equipamento em que tem uma visão ampliada de dentro do paciente. Com a ponta dos dedos, ele controla os instrumentos que realizam a cirurgia. Uma equipe composta por outros cirurgiões e enfermeiros fica ao lado da pessoa submetida à operação.
Segundo Carlos Domene, o robô multiplica a destreza das mãos do médico. “Na cirurgia robótica, você tem um visor tridimensional full HD que permite ver tudo ampliado. Você movimenta a pinça com a ponta do dedo, refinando o movimento. A máquina não treme, aplica uma força adequada. O cirurgião usa o robô para melhorar sua performance.”
A cirurgia por robô chegou ao Brasil em 2008 e há atualmente no país 14 dispositivos capazes de realizá-la, o Sistema Cirúrgico Da Vinci.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/08/hospital-em-sp-faz-cirurgia-pioneira-de-hernia-complexa-com-robo.html

Autor: Mariana Lenharo

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Congresso discute técnicas avançadas de intervenção sobre a dor



Acontece de 6 a 8 de agosto o 3º Congresso da Sobramid — Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor. Realizado em Campinas/SP, o evento tem como principal objetivo aprofundar os estudos sobre causas, controle e redução da dor, além de promover intercâmbio de informações entre profissionais da área, auxiliando pacientes e aumentando sua qualidade de vida. Entre os palestrantes está o doutor Ernani Abreu, que irá falar sobre Hérnias de disco- Quando Operar?

A Medicina Intervencionista da Dor é um segmento moderno, em fase de rápido crescimento em todo o mundo. Trata-se de uma prática indicada para uma grande diversidade de patologias, com foco em técnicas minimamente invasivas para o diagnóstico e o tratamento da dor. Entre os especialistas que desempenham esta técnica estão anestesistas, neurocirurgiões, ortopedistas e fisiatras devidamente qualificados.

Para mais informações, consulte o site da Sobramid: www.sobramid.org
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