quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Prevenção da osteoporose é feita com alimentação, exercícios e sol


Segundo Organização Mundial da Saúde, a doença atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens no mundo.

Osteoporose significa ‘osso poroso’. É uma doença progressiva de perda de massa óssea, que se desenvolve de forma imperceptível, sem sintomas ou dor, até a ocorrência de uma fratura, que geralmente ocorre no pulso, na coluna, no quadril ou no fêmur, que é o ponto mais grave. Pra explicar como se prevenir dessa doença que atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima de 50 anos no mundo, recebemos no Bem Estar o fisioterapeuta Helder Montenegro e a pediatra e consultora Ana Escobar.

A maior prevalência da osteoporose entre mulheres é devido à diminuição da produção de estrógeno depois de certa idade. Mas não é apenas nessa faixa etária que é preciso estar atento. Fatores socioculturais e alimentação deficiente podem levar a uma fragilização dos tecidos dos ossos e ao raquitismo antes disso. Fatores agravantes, como baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D, fumo, consumo excessivo de bebida alcóolica, vida sedentária e histórico familiar também são observados em indivíduos que desenvolvem a osteopenia, um estágio anterior à osteoporose.

Diagnóstico

Como se trata de uma doença silenciosa, o diagnóstico acontece após exames de rotinas, por volta dos 35 ou 40 anos, onde se percebe alterações nos níveis de cálcio e vitamina D nos exames de urina e sangue. Se houver suspeita, o médico encaminha o paciente para um reumatologista.

Para reverter o quadro, recomenda-se o consumo ou suplementação de cálcio, exposição ao sol (que estimula a produção de vitamina D no corpo) e exercícios físicos.

Alimentação

A recomendação da Organização Mundial da Saúde e da Fundação Internacional de Osteoporose é de que haja um consumo de 1g (1000mg) de cálcio por dia. Os valores variam para crianças e gestantes: 500mg entre 1 e 3 anos, 800mg entre 4 e 8 anos, 1300mg entre os 9 e 18 anos e 1200mg para grávidas.

Para obter essa quantidade, a principal fonte de cálcio são os alimentos lácteos: leite e seus derivados. Segundo o dr Cristiano Zerbini, reumatologista e representante da Fundação Internacional de Osteoporose no Brasil, a alimentação normal do brasileiro (arroz, feijão, salada e carne) fornece cerca de 200mg por dia. Incluir um copo de leite, um copo de iogurte e uma fatia de queijo leva esse valor ao nível desejado. E mais: tirar a gordura do leite não influi no nível de cálcio. Portanto, as pessoas podem fazer consumo de leite semidesnatado ou desnatado, sem nenhum problema.

Exercícios físicos

Segundo o dr. Helder Montenegro, os exercícios devem ser feitos de maneira preventiva, inclusive. Ele recomenda exercícios de cadeia fechada, que trabalha diversos grupos musculares e são mais seguros para as articulações, como exercícios funcionais e com impacto, que estimulam a contração muscular e, portanto, a regeneração óssea: agachamentos, corrida, vôlei e basquete, por exemplo. Em pessoas idosas, a fisioterapia ajuda também no controle do corpo e no equilíbrio, através de exercícios de agilidade. O pilates também é recomendado, pois trabalha com a própria carga corpórea.

Exposição solar

A exposição aos raios ultravioletas do tipo B (UVB) ativa o funcionamento da vitamina D, que facilita a absorção do cálcio pelo organismo. Por isso, recomenda-se exposição entre 10h e 14h sem proteção durante 15 minutos, três vezes por semana.

Crianças com deficiência da vitamina D podem ficar raquíticas (ossos com deformações: pernas arqueadas, deformação dos ossos da bacia e esterno projetado), ter problemas para dormir, irritabilidade, desenvolver miopia, diarreia, ossos fracos e dificuldade de metabolização de outras vitaminas. O excesso de vitamina D, contudo, pode levar a saída de cálcio dos ossos e acúmulo nos rins, formando cálculos renais.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Combata as dores na cervical com Pilates



Quem nunca sentiu dores na região do pescoço? Na maioria das vezes, essa tensão na região cervical vem acompanhada de dores nos ombros e formigamentos no braço e nas mãos. A cabeça e a região do pescoço tendem ser mais vulneráveis e sofrem com maus hábitos posturais.

De acordo com a fisioterapeuta Mariana Novaes, na coluna cervical existem discos que agem absorvendo o impacto. “A principal causa da dor na cervical é o envelhecimento que provoca desgastes dos discos cervicais e deixam e absorver o impacto”, explica.

Os sintomas mais comuns são dor e rigidez no pescoço, podendo ou não irradiar para a região dos ombros e braços. Dependendo a dor na cervical não se trata apenas de um “mau jeito” e sim de doença. “As doenças da coluna cervical que mais frequentemente provocam dor são: contraturas musculares (torcicolo), espondilose cervical (desgaste osteo-articular/artrose), estenose cervical (estreitamento do canal para os nervos/raízes), hérnia de disco cervical doenças reumatológicas, neoplasias e traumatismos.”

A maioria das pessoas acredita que a dor na cervical é passageira, mas nem sempre ela passa com a prescrição de um analgésico, por exemplo. Nestes casos, é importante procurar um médico para diagnosticar a causa da dor e iniciar o tratamento.


Métodos para Aliviar - Para amenizar o desconforto as aulas de pilates clínico podem ser uma aliada para quem sofre deste problema. “O Pilates irá trabalhar o alinhamento e a mobilidade das vértebras. Os movimentos realizados durante a aula ajudam a descomprimir as vértebras e aliviar a dor”, ressalta. O Pilates Clínico utiliza exercícios específicos para estimular a musculatura que sustenta a coluna, não causando impacto nas articulações. Além disso, os exercícios feitos durante a aula melhoram a capacidade respiratória e a oxigenação do aluno. As aulas duram em torno de 60 minutos e são ministradas por um fisioterapeuta.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Cirurgia de Hérnia de Disco a Laser Alivia o Sofrimento de Pacientes Com o Problema

A descompressão percutânea de disco intervertebral a laser é um procedimento minimamente invasivo para o tratamento da hérnia de disco. A técnica tem o objetivo de aliviar a pressão intradiscal e eliminar os sintomas associados a compressão de estruturas nervosas adjacentes aos discos, com a vantagem de reduzir o trauma cirúrgico e proporcionar uma melhor recuperação do paciente.

De acordo com o Dr. Marcelo Amato, neurocirurgião da Amato Instituto de Medicina Avançada, o procedimento não remove o material do disco, mas de maneira assistida por imagem reduz a pressão intradiscal com a vaporização do núcleo pulposo, ou seja, a técnica a laser gera uma pressão negativa que promove o retorno da porção discal herniada em direção ao centro do disco. “Indicamos esse procedimento aos pacientes que apresentam dor na coluna com ou sem irradiação para extremidades, que tenham o diagnóstico de hérnia de disco por ressonância magnética e que não melhoram com o uso de medicamentos e fisioterapia”, explica Amato.

Realizada no sistema Day Hospital, em que o paciente vai embora no mesmo dia, a descompressão percutânea de disco intervertebral a laser pode ser realizada com anestesia local e leve sedação. Como o acesso ao disco é realizado por meio de uma agulha, há menos risco de sangramento, o tempo operatório, de cicatrização e recuperação são mais rápidos e há menos dor no pós-operatório quando comparada a técnica microcirúrgica. Só é recomendado ao paciente o repouso de uma semana e retorno as atividades após esse período, desde que o trabalho não exija esforço físico.

“Esse procedimento já é utilizado nos EUA, Europa e Japão há muito tempo, mas vem ganhando força após 2006, quando um estudo comparou 500 casos operados pela técnica convencional e 500 operados com a técnica a laser. O estudo mostrou que não há inferioridade da técnica a laser no que diz respeito a melhora da dor e, se forem levadas em conta as vantagens de ser uma técnica minimamente invasiva, o procedimento deve ser considerado como técnica válida e de extrema importância para a população”, comemora Amato.

O que é Hérnia de Disco

A hérnia de disco ocorre quando parte de um disco intervertebral sai de sua posição normal e comprime as raízes dos nervos que se ramificam a partir da medula espinhal e que emergem da coluna espinhal. A anomalia acontece porque há um desgaste desses discos, causado pelo seu uso repetitivo ou por forçar os músculos das costas para levantar peso excessivo. Pessoas com hérnia de disco sentem dores nos braços e pernas, dependendo do local onde está a hérnia, além de prostração, formigamento e sensação de fraqueza devido aos músculos das costas que foram atingidos.

Amato – Instituto de Medicina Avançada

Em sua quarta gerações de médicos, mais de 100 anos dedicados à saúde e 35 anos de empresa estabelecida e reconhecida como medicina de ponta, a história do Amato – Instituto de Medicina Avançada se mistura à história da medicina. Os médicos da família estiveram presentes e atuandoquando as especialidades começaram a nascer no Brasil, depois quando a tecnologia tomou conta da medicina e, mais recentemente, com o nascimento da medicina baseada em evidências. Sua maior missão é valorizar o lado humano do relacionamento médico-paciente e aliviar o sofrimento, uma vez que curar, nem sempre é possível.
Website: http://www.amato.com.br/

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Saiba se você tem escoliose e como tratar a coluna em forma de S

Adultos sem histórico prévio de cirurgia na coluna ou de deformidade também podem apresentar escoliose



A Escoliose é classificada como idiopática nos pacientes aonde não se pode encontrar a causa (até 85% dos casos).

A escoliose idiopática é subclassificada conforme o grupo etário à época do diagnóstico: infantil (diagnóstico feito antes dos três anos de idade), juvenil (até os dez anos) ou adolescente (dos dez anos até a maturidade esquelética).


Julia Barroso conta como enfrentou a escoliose; leia aqui


Adultos sem histórico prévio de cirurgia na coluna ou de deformidade também podem apresentar escoliose. Quando a escoliose ocorre neste grupo, ela geralmente é secundária a alterações degenerativas dos discos inter-vertebrais e das articulações da coluna.

O quadro clínico da escoliose caracteriza-se por dor e deformidade. Os sinais mais claramente identificados são a assimetria entre os ombros (um ombro mais alto que o outro), entre as cristas ilíacas (o proeminência óssea visível na região lateral do abdome) ou entre um lado e o outro do tórax. Casos extremos podem cursar com alteração da capacidade respiratória e hemodinâmica do paciente.

Sintomas

Além dos sintomas clínicos, sintomas psíquicos podem estar presentes e, eventualmente, originar a principal indicação cirúrgica. Isto se deve ao fato da curvatura ser estigmatizante, levando usualmente o paciente a retração social que, em casos extremos, pode até atrapalhar o desempenho laborativo do paciente. Se ainda criança ou adolescente, usualmente leva a situações de brincadeiras constrangedoras para o paciente. A avaliação psicológica no momento do diagnóstico e o seguimento do paciente por profissional habilitada é importante pois garantirá não somente um desenvolvimento psíquico adequado como indicará a eventualidade da deformidade se tornar insuportável para o paciente do ponto de vista psíquico.

Diagnóstico

O diagnóstico é estabelecido através de exame clínico e confirmação radiológica. Os critérios estabelecidos pela Scoliosis Research Society (Sociedade para Pesquisa da Escoliose), ao qual sou filiado, são: assimetria visível com a flexão simples da coluna e curvatura superior a dez graus ao raio-x.

No raio-x (realizado em AP, ou seja, em incidência frontal) os ângulos mais comumente utilizados são os de Cobb e Costo-Vertebral. O primeiro é usualmente utilizado para diagnóstico e mensuração da progressão da doença. O segundo relaciona-se ao prognóstico.

É muito importante frisar que a escoliose não melhora com a idade, é uma doença progressiva. Desta forma, o diagnóstico e intervenção precoces podem minimizar a curvatura e impedir a progressão da doença.

Pacientes que possuam curvaturas inferiores a 25 graus são usualmente acompanhados em consultas trimestrais, monitorados e tratados com fisioterapia e RPG. Pacientes com potencial de crescimento e curvaturas entre 25 e 50 graus são tratados com coletes específicos, no intuito de direcionar o crescimento da coluna em um ângulo adequado, minimizando a possibilidade de cirurgia futura. Pacientes com curvaturas superiores a cinquenta graus, no entanto, são tratados cirurgicamente.

Mesmo para crianças existem materiais específicos, que expandem-se à medida que a criança cresce, evitando procedimentos tradicionais de fusão, que interromperiam o crescimento da coluna.

É importante frisar que o resultado pós-operatório visa a melhor condição funcional do paciente, o que não necessariamente implica em uma coluna perfeitamente alinhada e anatomicamente perfeita.

Isto se deve ao fato da mudança abrupta no alinhamento e na angulação da coluna potencialmente poderem originar danos à medula ou às raízes nervosas, com possíveis sequelas motoras.

Comparação



Desta forma, a cirurgia deve ser realizada sempre com o auxílio de potenciais evocados, que registram mesmo as mais sutis mudanças no comportamento dos nervos ou da medula, indicando o limite a ser respeitado na correção.

Sendo assim, pacientes podem sair da cirurgia sem a sua coluna perfeitamente reta, mas com sensível melhora estética e funcional.

É por esta razão e pela complexidade anatômica e biomecânica que o tratamento da escoliose deve ser realizado por equipe multi-profissional, em que o cirurgião, a psicóloga e os profissionais de reabilitação tenham experiência no manuseio deste grupo especial de pacientes.

Em casos aonde exista indicação cirúrgica, é fundamental a utilização da monitorização por potenciais evocados intra-operatórios, mesa cirúrgica própria (expansível e radiotransparente), raio-x de qualidade, materiais de implante confiáveis, etc.

A cirurgia da escoliose, por ser de grande porte, apresenta uma recuperação também longa. Usualmente o paciente é liberado para qualquer atividade depois de 180 dias, com liberação gradativa para atividades usuais a partir dos primeiros 30 dias pós-operatórios.

Autor: Dr Paulo Porto de Melo
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