segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

7 Mitos sobre a sua coluna


Frente a uma dor nas costas é palpável a vontade dos doentes de saberem tudo sobre a causa deste sofrimento. Os melhores tratamentos? A causa? O que alivia? O que não deve fazer?

Entre pesquisas frenéticas e conversas assustadoras, as informações abundam e as opiniões divergem. Entre o cair da folha e o renascer da flor à desculpa da idade, todos os pretextos são válidos para justificar as dores vertebrais, mas será que é mesmo assim?

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Dissipe as suas dúvidas com 7 mitos frequentes associados às dores vertebrais.

Vire as costas à dor.


Mito 1: Em caso de dor nas costas, o descanso é o melhor remédio?

Ainda que os casos agudos necessitem de um ou dois dias de descanso, é imprescindível voltar à atividade. De facto, é essencial combater a rigidez e solicitar o sistema muscular com pequenos alongamentos numa primeira fase. Neste campo, a caminhada reúne todos os ingredientes cruciais para uma recuperação, aliando a tonificação e oxigenação muscular, o relaxamento e proprioceção ligamentar com a reeducação articular dos micromovimentos. Além disso, em casos de hérnias discais, os movimentos da coluna vertebral permitem uma hidratação do disco intervertebral.


Mito 2: Deve-se por completo ao excesso de peso?

O excesso de peso contribui para o desenvolvimento de dores vertebrais, contudo, representa apenas um fator numa lista extensa e não a causa. Mais do que a obesidade, o sedentarismo é o principal fator, causando um enfraquecimento prematuro das estruturas ósseas e da musculatura. De facto, o sistema musculoesquelético adapta-se ao longo da vida ao nosso peso e à solicitação, exemplo disso são os pesos pesados nas diversas modalidades olímpicas que não apresentam transtornos particulares na coluna.

Está a pensar nas grávidas? Mais do que o peso, é o facto de esta sobrecarga exercer uma tração para a frente, obrigando a futura mãe a aumentar a curvatura lombar e a modificar o seu centro de gravidade.

Mito 3: A atividade física reduz as dores?

A falta de desporto é frequentemente associada ao aparecimento de transtornos vertebrais, contudo, estatisticamente, terá mais probabilidades de desenvolver dores nas costas se trabalha na construção civil do que numa secretária. Aliás, a prática desportiva é uma das primeiras causas de síndromes vertebrais, tendo por grande defeito a tentativa de realizar uma atividade física intensa num curto espaço de tempo, sem a preparação e alimentação adequadas. Contudo, o desporto é benéfico para a sua saúde desde que seja praticado com moderação, equilíbrio e adaptado ao seu corpo. Aposte num treino moderado, regular, afim de, não só, reforçar, como esticar e relaxar a musculatura.

O exemplo mais flagrante é o lema da piscina, opinião minha sobre um mito secular na correção e diminuição da escoliose. Os benefícios da água no relaxamento muscular são milenares e contra isso não existem argumentos, tanto como no reforço dos músculos estabilizadores da coluna. No entanto, as aptidões aquáticas dos portugueses restringem-se maioritariamente à modalidade de bruços que cria uma pressão na coluna cervical e hiperextensão da coluna vertebral, despertando ainda mais dores. Ou seja, compensa-se a falta de técnica por um esforço excessivo, opte pelos estilos de crawl ou costas, ou prefira uma ginástica moderada dentro de água.


Mito 4: Para me tratar, devo obrigatoriamente efetuar uma radiografia, uma ressonância ou TAC?

Na maioria dos casos, não é necessário recorrer a exames complementares. Não obstante, em traumatismos, quedas ou acidentes de viação sejam imprescindíveis. De facto, um exame clínico físico permite determinar a causa da sua lombalgia, cervicalgia ou dorsalgia através de testes específicos em ortopedia associados a um exame físico rigoroso. Aliás, durante a consulta com o seu médico, o interrogatório sobre as circunstâncias de aparecimento, o horário da dor, os movimentos dolorosos e tantos outros detalhes (a lista é demasiado extensa) especificam o diagnóstico.

Contudo, numa idade avançada ou frente a uma cronicidade das dores, os exames complementares são uma fonte valiosa de informação. Ou melhor, complementaridade é a palavra-chave.


Mito 5: Dor de costas = Cirurgia?

Não obstante, não consideraremos os colegas que sofrem de ‘bisturite aguda’, a cirurgia é apenas recomendada em cerca de 1 a 2% dos casos, em quadros particulares e com diagnósticos peculiares… Aliás, mais de 90% das dores nas costas melhoram com tratamentos conservadores, analgésicos, anti-inflamatórios, exercício e terapias manuais. Somente se coloca a hipótese de proceder a uma intervenção cirúrgica após esgotar todas as possibilidades de tratamentos conservadores.

Contudo, é necessário repor algumas verdades sobre o ato cirúrgico: o risco de complicações é inerente em todas as cirurgias, desde os coágulos às infeções, assim como, quando atravessa na passadeira existe um risco de atropelamento. A paralisia, complicação mais receada pelos utentes é, de facto, uma das menos presumíveis de acontecer, uma vez que grande número de cirurgias vertebrais não envolvem o manuseamento da medula espinal, isto sem relatar a sofisticação dos equipamentos e dispositivos de imagem que permitem intervenções com eficiência e segurança. No entanto, pondere sempre a difícil equação dos riscos e dos benefícios.

Recorde-se de que nem todos os especialistas da coluna são cirurgiões, médicos, reumatologistas, ortopedistas, neurologistas, fisiatras, fisioterapeutas e, até mesmo osteopatas, conceberão um protocolo de tratamento sem recurso à cirurgia para erradicar as suas dores vertebrais, quando tal é possível.


Mito 6: A dor nas costas é fruto da idade?
Todos sabemos que o envelhecimento se repercute no nosso esqueleto e sistema muscular, sendo um fator de risco pelo desgaste natural dos ossos e diminuição da flexibilidade, elasticidade dos músculos e tendões. Contudo, estar aposentado e pertencer ao grupo dos seniores não constitui uma condição para sofrer da sua coluna vertebral. Aliás, um estudo de 2012, do Journal Chiropractic & Manual Therapies, vem confirmar que as dores vertebrais já não são tão comuns em utentes de idade avançada quanto em idade média, tendo a pesquisa demonstrado que existe uma tendência para as dores vertebrais diminuírem em pessoas idosas.

Porém, a palavra-chave para desfrutar da reforma sem dores é a prevenção.

Mito 7: Para não ter dores nas costas, terei que substituir o colchão, a almofada e a cadeira da secretária?

Na Zen Energy, já abordámos as diferentes posturas à secretária e a escolha do seu colchão, todos eles com impacto no seu quotidiano. Contudo, seria um quanto redutor, frente à complexidade do nosso corpo humano apontar como único ingrediente para a sua lombalgia ou hérnia discal, a sua almofada, o assento do seu automóvel… Por um lado, imagine-se nas urgências após uma crise vertebral, sendo assediado por revendedores de colchões, o que seria de todo hilariante. De facto, este exemplo caricato é a melhor forma de perceber que a dor vertebral é multifatorial: a sua postura, a sua profissão, o seu sedentarismo, o seu património genético, a sua alimentação, o seu exercício físico e tantos outros representam elementos suscetíveis de desencadear dores nas costas. Antes de iniciar mudanças radicais, aconselhe-se perto de profissionais de saúde que o ajudarão a entender os seus desequilíbrios posturais e as medidas a adotar. A ideia de que um colchão duro é melhor para a sua coluna constitui um dos principais erros de investimento na sua saúde, mas essa parte já sabe, pois é fiel à sua revista Zen.

Nota: A osteopatia não substitui a consulta ao seu médico e o uso de medicamentos.

Este artigo representa somente a opinião e experiência do seu autor.

Autor: Daniel Valpaços


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Adotar hábitos saudáveis na infância pode evitar doenças na fase adulta

Imagem de criança com copo de leite na mão (Foto: Photl.com)


Quando o assunto é saúde, não há dúvidas: adotar um estilo de vida saudável é essencial para a nossa qualidade de vida. Entre os hábitos que devemos adotar para garantir o bom funcionamento do nosso organismo, optar por uma alimentação balanceada é um dos principais. Esses costumes, alertam os especialistas, devem ser seguidos desde os primeiros anos de vida. A criança bem alimentada de hoje é o adulto saudável de amanhã.

Segundo a pediatra Marina Azevedo, descuidar da alimentação pode causar diversas doenças no futuro, como a diabetes tipo 2, que se manifesta principalmente quando o paciente leva um estilo de vida inadequado, e a obesidade. “É uma doença crônica que infelizmente está em evidência”, alerta.



A hipertensão e osteoporose também podem vir a aparecer quando a rotina alimentar é totalmente desregulada. “A osteoporose pode se manifestar por causa da falta de depósito de cálcio na infância. A ausência desse micronutriente nos primeiros anos de vida vai fazer falta no futuro. Já a hipertensão é causada pelo excesso de sal, que vai se acumulando no organismo, desregulando alguns mecanismos”, explica.

A pediatra ressalta que é necessário estimular, desde os primeiros anos de vida, os hábitos saudáveis na criança. “Essa é a fase mais importante para os pais, enquanto eles ainda têm controle na alimentação do pequeno. É importante optar sempre por frutas, verduras, óleos vegetais, carnes magras e gorduras do bem, além de evitar o sal, o açúcar e a fritura em excesso. É importante que os pais tenham essa consciência desde cedo, para não ter que remediar depois”, diz Marina Azevedo.

Para os pais que têm dificuldade em introduzir alimentos saudáveis na rotina da criança, a dica da pediatra é caprichar nas receitas, sempre disfarçando os ingredientes de uma forma divertida. Se a reluta da criança em comer o que é colocado no prato persistir, a recomendação é procurar os profissionais adequados. “Além do pediatra, existem nutricionistas especializados em nutrição infantil. Os especialistas vão definir os macronutrientes, responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento geral da criança, e os micronutrientes, que ajudam a fortalecer a imunidade. Eles são essenciais no cardápio do pequeno”, diz a médica.

Atividade física
Evitar o sedentarismo nesta fase da vida também é muito valioso. Para os menores, a recomendação é apostar em atividades ao ar livre. “Andar de patins e bicicleta, como também brincar no parque, é importante. O fundamental é fazer com que a criança saia de casa, da frente da televisão e faça alguma atividade de que ela goste. Isso já é o suficiente”, finaliza a pediatra.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Fisioterapia em grupos melhora vida de pacientes em Pinda

O encontro dos grupos acontece duas vezes por semana, em dez sessões. (Foto: Divulgação/PMP)



Os pacientes da Unidade Municipal de Fisioterapia Celina Leite de Abreu Cotait contam, desde o segundo semestre do ano passado, com uma nova opção em tratamento. Além dos atendimentos regulares, individuais e de emergência, foram formados os grupos, que unem pacientes com quadros semelhantes – como dores na coluna, ombros e outras partes do corpo – para tratamento em conjunto.

O encontro dos grupos acontece duas vezes por semana, em dez sessões. Em cada oportunidade, o fisioterapeuta responsável transmite conhecimentos teóricos e realiza exercícios de alongamento e fortalecimento específicos, que podem e devem ser repetidos em casa. E o resultado já está aparecendo. Após o término de cada grupo, os pacientes se mostram animados, sem dores ou com menor intensidade dos sintomas.

Na última semana, mais um grupo finalizou as atividades e, nesta semana, as avaliações recomeçaram, para a formação de novas turmas.

Pacientes satisfeitos
A paciente Elaine Cristina de Castro, 41 anos, moradora do Maricá, foi encaminhada à Fisioterapia, mais uma vez, devido a dores na lombar e cervical. Contudo, dessa vez ela sentiu um resultado melhor. “Achei o tratamento ótimo porque o fisio ensinou a gente como ter postura e passou conhecimento sobre o corpo da gente, maneiras de evitar dor, no serviço e no dia a dia. Já fiz fisioterapia outras vezes, mas esse atendimento em grupo é bem melhor, porque a gente aprende exercícios para fazer em casa e pode também alertar pessoas que a gente conhece. Estou me sentindo muito melhor”, contou.

A moradora do bairro São Benedito, Joelma Oliveira e Silva, de 25 anos, está fazendo fisioterapia pela terceira vez, sendo a primeira vez no grupo. Ela se queixa de dores na lombar e no ciático. “Muito bom. É a terceira vez que faço fisioterapia aqui e a primeira em grupo. Antes eu ficava sozinha e até enjoava. Agora senti bastante diferença. É como se o doutor fosse meio psicólogo, a gente pode desabafar com ele, e a minha postura melhorou muito: não sinto mais dor. Outro dia estava na fila do banco e lembrei de corrigir minha postura várias vezes, e por isso não senti dor como antes. Em casa, faço tudo da maneira como aprendi aqui”, garantiu.

Para Elisabete Aparecida Miguel da Silva, de 55 anos, moradora do Cidade Nova, o grupo foi muito bom. “Foi tudo muito bom, o doutor é muito bom. Ele agüenta a choradeira da gente, acalma a gente… Aqui fizemos amizade com todos. Antes eu sentia dor lombar e tinha início de hérnia e melhorou tudo, graças a Deus. De vez em quando eu faço os exercícios em casa e prometi que, sempre que tiver um tempinho, vou continuar os exercícios para continuar sem dor”, afirmou.

Avaliação dos grupos
De acordo com o fisioterapeuta responsável por esse grupo mais recente, essa forma de tratamento é bastante proveitosa. “Podemos trabalhar a conscientização das pessoas, mostrar que a responsabilidade com a saúde delas não é só nossa”, explicou. “Com os momentos teóricos e práticos, mostramos a influência das ações e movimentos do dia a dia nas dores de cada um e o que pode ser feito para diminuir essas dores, por meio de alongamento e posturas, que diminuem, inclusive, a necessidade do uso de medicamentos. Muitas dores são causadas por movimentos repetitivos no serviço, então damos dicas para que aquele movimento seja realizado de maneira que não cause mais dores como, por exemplo, formas de carregar peso corretamente, ou mesmo posturas adequadas para atividades domésticas, como varrer ou lavar a louça”, detalhou.

Segundo o coordenador da unidade de Fisioterapia, a intenção do trabalho em grupos é realizar um atendimento integrado, em que os pacientes possam trocar experiências entre si e, ao perceberem que outras pessoas sentem as mesmas dores, compartilhar seus avanços e incentivar o desenvolvimento do colega. Além dessa troca, os grupos permitem a transmissão de conhecimentos teóricos e práticos, e colaboram ainda para a diminuição da fila de espera na unidade.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

5 dicas de como preservar a coluna durante a viagem

Viajar no feriado é uma ótima oportunidade de sair da cidade onde mora para desfrutar de alguns dias afastada da rotina diária e estresse, seja de carro ou avião, não é verdade?


Para Helder Montenegro – fisioterapeuta e presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRC) e do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC), apesar de ser um dos momentos mais esperados, o feriado é um dos períodos em que as pessoas mais se queixam de dores nas costas. “Os principais fatores que podem contribuir são: as bagagens volumosas, caminhadas longas ou ficar de pé por muito tempo”, explica.


Montenegro ressalta que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial sofre ou sofrerá algum episódio de dor nas costas na vida. Escoliose, dor lombar, lombalgia, lordose, estenose, dor ciática e hérnia de disco são algumas das doenças relacionadas.


Confira algumas dicas de Helder Montenegro para evitar as dores nas costas durante a viagem:


1. Ao dobrar ou organizar as roupas para arrumar a mala, o ideal é colocá-la em uma superfície alta. Essas medidas evitam que você curve o tronco para baixo e para frente;


2. A mala deve ser transportada na vertical e deve ter rodas. Ou seja, é importante evitar malas que tenham de ser carregadas pelas alças;


3. Substitua a mala grande por 2 pequenas ou médias. Faz uma grande diferença na hora de retirar da esteira no aeroporto ou do carro;


4. Durante a viagem, coloque uma pequena almofada para protege a coluna;


5. Pratique atividade física regularmente para aproveitar ao máximo sua viagem.

Fonte: http://www.cenariomt.com.br/noticia/502828/5-dicas-de-como-preservar-a-coluna-durante-a-viagem.html

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Veja quais são os perigos dos smartphones para a coluna


Vivemos constantemente conectados ao mundo virtual. Temos acesso à comunicação instantânea, músicas, fotos, internet e redes sociais na palma das mãos com os tão populares smartphones. Com isso, fala-se cada vez mais a respeito das complicações que o uso frequente dos aparelhos pode trazer para a coluna vertebral.

Descritas no inglês como tech neck, tais complicações são dores cervicais relacionadas ao mau posicionamento da cabeça ao usar o celular. O número de consultas médicas vem aumentando cerca de 40% nos últimos anos, principalmente entre pacientes jovens, com queixa de dor cervical. Tipicamente, a incidência dessa queixa aumenta com a idade, mas cada vez mais jovens têm relatado esse desconforto nos consultórios.

A postura correta é fundamental para evitar o problema. É o que explica o médico Fernando Dantas, neurocirurgião do corpo clínico do Biocor Instituto. “A nossa coluna vertebral apresenta curvaturas fisiológicas em cada nível. Temos a lordose cervical, a cifose torácica e a lordose lombar, dando à coluna o aspecto da letra ‘S’. Essa anatomia é muito importante para suportar e distribuir as cargas de forças que são aplicadas à coluna diariamente. Os músculos do pescoço são designados para suportar o peso da cabeça, que, no ser humano, pesa em média 4,5 quilos a 5,5 quilos. Nem o pescoço nem os ombros estão adaptados para sustentar esse peso durante longos períodos com a cabeça inclinada para frente”, diz.

Segundo o especialista, as forças exercidas sobre a coluna cervical são variáveis de acordo com a posição da cabeça. “Na posição neutra, ou seja, com zero grau de angulação (como uma pessoa olhando na linha do horizonte), temos uma carga na coluna de cerca de 26 quilos e, à medida que essa angulação aumenta, a força aumenta. Na angulação de cerca de 60 graus – posição em que as pessoas usam os smartphones – a força pode chegar a 132 quilos, alterando a curvatura natural do pescoço”, explica. Levando em conta que uma pessoa usa o smartphone por cerca de duas a quatro horas por dia com a cabeça baixa, a somatória de um ano corresponde de 700 horas a 1.400 horas de excesso de estresse sobre a coluna cervical.

O médico alerta que, com o tempo, esse mau alinhamento da coluna pode causar problemas às estruturas do pescoço, favorecendo o aparecimento de dor cervical e lombalgia, em virtude da mudança do alinhamento da coluna, ficando a região cervical inclinada para a frente: “Ao realizar exames
radiológicos da coluna podemos verificar a perda da lordose cervical com a presença de uma coluna reta ou mesmo com a inversão dessa curvatura. Ainda não há estudos comprovando essa relação, mas, provavelmente aparecerão com o tempo”. Além da coluna, também colocamos nossa visão em tensão. Os músculos da face e dos olhos são ligados ao crânio e à região cervical, motivo pelo qual as contrações do olhar repetidas vezes durante o dia podem desencadear dor de cabeça, distúrbios do sono e tonteiras.

As mãos também podem sofrer com o uso constante dos celulares. “Em 2011, muito se falou a respeito da síndrome do ‘Blackberry thumb’, também conhecida como síndrome de Quervain, da qual o paciente relatava dor na mão e dormência ou dificuldade para escrever devido a uma inflamação do tendão, conhecida como tenossinovite radial estiloide.”

Entre as formas de prevenção das dores cervicais, correções da postura são essenciais: ao usar o smartphone, a tela deve ficar na altura dos olhos e deve-se evitar atender o telefone usando apenas os ombros, com a cabeça inclinada para um lado. Alguns movimentos de rotação do pescoço para relaxar a musculatura podem ser feitos após o uso do aparelho.


Se houver alguma dor mais insistente, um médico deve ser consultado. “Se você faz uso constante do smartphone e está sofrendo com dores cervicais persistentes, procure um médico, que ele vai orientar, medicar, solicitar exames se necessário e avaliar o seu encaminhamento a um fisiatra ou um fisioterapeuta para exercícios de correção da postura, reforço muscular e medidas antálgicas. O mais importante de tudo é usar o celular moderadamente e na postura correta, para evitar problemas futuros”, indica Fernando Dantas.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Esclarecimento

 Caros Pacientes e Amigos. 
Algo de surpresa, pois não  havia nenhuma acusação a minha pessoa. Ontem fui indiciado na CPI das Próteses do RS. Gostaria de colocar a vocês, que não fui acusado de ganhos abusivos, de liminares, de cirurgias desnecessárias..., fui arrolado por uma queixa de familiares de uma paciente que veio a falecer um ano e meio apos minha cirurgia. Era uma paciente grave, que a curei e que mantinha um relacionamento ótimo comigo.
Era paciente  do cardiologista  Ortega, e que foi atendida por ele na emergência por um mau súbito e que veio a falecer na própria urgência do HMD. Familiar seu simplesmente acusa que a cirurgia realizada aqui no Hmd foi com implantes falsos o que é impossível inclusive pelo rígido sistema de recebimento do Hospital. Minha resposta a mídia foi:      Sobre o óbito dessa Senhora, como já tive a oportunidade de informar à CPI, inclusive documentalmente, destaco novamente que a paciente me procurou, em 2013, com um quadro de infecção de coluna decorrente de uma cirurgia anteriormente realizada por outro colega em outro hospital. Na época em que a atendi, realizei, primeiramente, a cura da infecção e, somente após isso, efetuei, em outubro de 2013, uma nova cirurgia (artrodesia) para a plena recuperação de sua coluna. Acompanhei, mensalmente, a recuperação dessa Senhora até março de 2015. A paciente ficou plenamente restabelecida da infecção e da artrodese, conforme os documentos que apresentei à CPI.
A paciente fora debilitada pela infecção e era fragilizada pela cirurgia bariátrica a que se submetera. Segundo às informações prestadas, ela sofreu um mau súbito e deu entrada hospitalar, sendo então atendida pelo seu médico cardiologista de confiança. De minha parte posso afirmar que não houve adulteração de implantes, na medida em que esses materiais são submetidos a rigorosos exames de controle, tanto de sua qualidade como de sua documentação, por parte dos hospitais. Nós, médicos, simplesmente nos valemos desses materiais na realização de nosso mister, isto é, no ato cirúrgico propriamente dito. Com isso, ainda uma vez, gostaria de deixar claro que não desatendi, em qualquer momento, a essa paciente, e muito lamento, como profissional e ser humano, a sua perda, mas não posso aceitar que me seja transmitida, sem qualquer base lógica ou causal, a responsabilização por seu óbito.                  
  Tenho recebido inúmeros telefonemas e mensagens de pacientes, confiando em mim e se solidarizando  com este fato. Só tenho a agradecer, pois são mais de 35 anos em atendimentos e contatos com as mais diversas pessoas de todos os meios profissionais e culturais, sempre tentando fazer o máximo de mim para seu bem estar.  

Muito Obrigado!
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