quarta-feira, 27 de abril de 2016

Dor na coluna? Saiba onde estão as origens

Maus hábitos posturais do dia a dia podem resultar em problemas graves

Quem tem dores nas costas deve ficar atento ao modo como costuma estar sentado da maneira correta. Essa consciência deve estar presente, por exemplo, no momento de sentar-se no carro, no sofá, cadeira de casa e no trabalho. Pode parecer uma prática irrelevante e de pouco costume, porém, este pequeno detalhe que não faz parte do dia a dia de muita gente, pode acarretar em sérios problemas na coluna. 
Segundo dados da Pesquisa Nacional da Saúde, de 2014, aproximadamente 27 milhões de brasileiros adultos sofrem de alguma doença de coluna, sendo que, as dores na lombar são as mais frequentes. 
Bruno Côrtes, presidente da Sociedade Brasileira de Coluna, Regional RJ, neurocirurgião e responsável pela clínica Coluna, dá algumas dicas para manter sempre uma postura correta. "A pessoa que passa muito tempo sentada deverá levantar-se em tempos regulares e se alongar”, ressalta o especialista. 
O profissional alerta ainda para a necessidade de que a pessoa sempre esteja consciente da postura. “Também deverá estar sempre atenta se seu tronco está ereto e não encurvado. A pessoa deve ter o hábito de se policiar nas posturas, que começam a piorar principalmente quando o cansaço chega", revela.
Para casos de dores nas costas e problemas de coluna, também existe a possibilidade de tratamento via máquinas de tração. Neste sentido a máquina canadense da marca SpineMed, a qual já existe no Brasil, demonstra ser uma alternativa bastante eficaz, visto que 86% das pessoas tratadas com esse equipamento no mundo apresentam melhorias bastante significativas.
Cortês ainda revela que, banco do carro ou cadeira, por exemplo, são alguns dos maus hábitos praticados pelas pessoas no dia a dia e ressalta que o tronco precisa ficar na curvatura de 90º C ao sentar-se nesses lugares. O médico completa que sentar de forma incorreta faz com que a pessoa provoque um vício de postura na qual a coluna pode acostumar, mesmo que seja de forma errada.
Cuidados com a coluna
Compense os efeitos da gravidade
A maioria dos adultos passa o dia todo andando, sentado ou de pé. A gravidade causa uma sobrecarga aos músculos, ligamentos e discos intervertebrais da região lombar. Levando a uma das causas mais comuns de dores lombares: a compressão discal. Uma solução é optar por deitar-se quando possível.
Faça aquecimento
Existem inúmeras maneiras de eliminar a dor lombar sozinho. Porém, nada substitui uma consulta com um profissional especializado em dor lombar.
Não apenas antes dos exercícios, mas sempre! Jardinagem, atividades domésticas, carregar objetos pesados e trabalhar comumente causam dores lombares.
Faça um alongamento lombar
Alongue sua lombar antes de ir para a cama, quando acordar pela manhã e ao final do dia de trabalho. Existem alongamentos simples que diminuem a tensão e preparam sua lombar para o dia seguinte, como abraçar as pernas enquanto está deitado.
Faça exercícios para a lombar
Faça exercícios específicos para aumentar a força de sustentação lombar. Isso inclui exercícios para o centro de força, ou seja, abdômen, períneo e diafragma.
Se a dor persistir procure ajuda
Existem inúmeras maneiras de eliminar a dor lombar sozinho. Porém, nada substitui uma consulta com um profissional especializado em dor lombar.
Sentado
Quando sentar não cruze as pernas. Mantenha os ombros levemente para trás, afaste os pés na mesma altura do quadril e procure manter os joelhos levemente acima da altura do quadril. Os pés devem sempre estar apoiados
Não espere a dor aumentar
É mais fácil eliminar a dor lombar quando ela é tratada no estágio inicial. A maioria das pessoas espera até que não consiga mais se mover, ou que a dor comece a irradiar para as pernas. 
O primeiro passo para aliviar a dor não é tratar músculos ou articulações. Mas sim identificar a causa que gerou a dor lombar. Como a má postura ou movimentos executados diariamente de forma incorreta. 
Para obter resultados de longa duração é necessário eliminar as causas e os sintomas da dor. Métodos como a acupuntura e a osteopatia e exercícios, como o pilates, acompanhado de um instrutor, ajudam a eliminá-los. 
Não deixe de consultar o seu médico. Encontre aqui médicos indicados por outras pessoas.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A indústria se rende à impressão 3D

Strati, carro 3D da Local Motors

Desde peças de avião até sapatos, passando por automóveis, agora tudo pode ser impresso. É uma revolução que terá efeitos sobre toda a cadeia industrial, desde a concepção até o pós-venda

Será que com o tempo a impressão 3D condenará as fábricas gigantes e suas intermináveis cadeias produtivas? Os executivos da Local Motors têm certeza disso. Essa nova montadora de automóveis americana de fato tem apostado sua expansão em uma série de micro-fábricas com menos de 4 mil m2 instaladas o mais perto possível dos consumidores.

Em setembro de 2014, a Local Motors causou sensação ao imprimir em pleno Salão da Indústria de Chicago um protótipo de carro batizado de Strati, em uma operação que durou 44 horas. Um carro similar na indústria tradicional é composto por 20 mil peças diferentes.

"Para o Strati, a impressora fabricou em uma única peça o corpo do carro, que integra chassi e carroceria. Em seguida adicionamos manualmente 48 elementos como o motor, o volante e os pneus", explica Damien Declercq, vice-presidente executivo da Local Motors.

A montadora, que afirma ter melhorado ainda mais seus processos de fabricação desde os testes do Strati, comercializará seus primeiros veículos de série a partir desse verão.

O exemplo do Strati e de seu modelo industrial baseado na impressão 3D provavelmente será motivo de debates e reflexões nos 2.422 eventos previstos esta semana em toda a França sobre o tema da indústria do futuro, como parte da 6ª edição da Semana da Indústria, organizada pelo Ministério da Economia.

A impressão em 3D também estará onipresente na CeBIT, a maior feira mundial dedicada às novas tecnologias, que acontecerá simultaneamente em Hannover (Alemanha), e onde são esperadas mais de 200 mil pessoas.

A ideia de que a impressão 3D revolucionará setores inteiros da indústria vem ganhando força. Em 2013, Barack Obama já havia afirmado que o domínio dessa tecnologia seria estratégico, e que ela permitiria que os Estados Unidos se reindustrializassem.

"Essa técnica de fabricação não necessita de ferramentas. A matéria é moldada por um feixe de laser ou de elétrons comandado digitalmente. Basta ter material e um projeto. O processo de fabricação é super-flexível, e a máquina pode ser instalada em qualquer lugar", justifica Jean-Camille Uring, membro do diretório da fabricante de máquinas industriais 3D.

As vantagens dessa tecnologia, entre outras, são a fabricação de uma só vez de peças muito complexas, uma personalização do objeto e um consumo reduzido de matérias-primas.

"Na manufatura tradicional, são necessários 100 kg de matéria-prima para fabricar uma peça de 15kg, enquanto a fabricação aditiva só requer 15kg!", diz Jean-Camille Uring.

Imbatível em material de manutenção


No entanto, essa tecnologia, que surgiu há mais de 30 anos, por muito tempo permaneceu à sombra, restrita a alguns poucos setores industriais onde ela ainda é chamada de "fabricação aditiva".

Seu princípio consiste na fabricação de um objeto aplicando-se um material camada por camada graças a um sistema de deposição similar ao jato de tinta de uma impressora tradicional. Durante mais de 20 anos, a fabricação aditiva foi utilizada sobretudo para conceber protótipos grosseiros em plástico destinados a validar um conceito ou uma forma.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Artrose atinge cerca de 15 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde

Para a OMS, 9,6% dos homens e 18% das mulheres com idade superior a 60 anos sofrem com o problema e 25% não podem executar atividades simples do dia a dia. Com o avanço da medicina, especialistas explicam o que mudou com os novos tratamentos disponíveis para a população




Também chamada de osteoartrite, a artrose é uma doença que ataca as articulações, provocando principalmente o desgaste da cartilagem que recobre as extremidades dos ossos, mas que também danifica outros componentes articulares como os ligamentos, a membrana e o líquido sinovial – substância transparente e viscosa das cavidades articulares. A doença é responsável pela terceira maior causa de afastamento de trabalho no Brasil, atrás apenas das dores nas costas e da depressão, segundo dados da Previdência Social. Além disso, o Ministério da Saúde afirma que a artrose atinge, atualmente, 15 milhões de pessoas no país. No mundo, ela é a quarta enfermidade que mais reduz a qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).


Diferentemente das outras formas de artrite, que é a inflamação das articulações, a artrose não afeta outros órgãos do corpo. O sintoma mais comum é a dor nas articulações afetadas, e que piora no final do dia. Inchaço, calor, rangidos e limitações dos movimentos também são sintomas comuns, como explica o coordenador de Ortopedia do Hospital Santa Lúcia, Dr. Leônidas Bomfim. “A intensidade dos sintomas da artrose varia muito de paciente para paciente. Alguns podem ficar debilitados por seus sintomas e outros apresentarem poucos sinais de que algo está errado”, conta o profissional.


A artrose do joelho, por exemplo, é frequentemente associada com obesidade, histórico de lesões repetidas ou cirurgia articular. Ela pode levar a desvios chamados popularmente de “pernas em alicate”, quando o desvio é para fora, ou joelhos em “X”, quando o desvio é para dentro.


Já na coluna vertebral, a artrose causa dor no pescoço, no dorso ou na região lombar. Os bicos de papagaio que se formam ao longo da espinha podem irritar os nervos espinhais, causando dor, dormência e formigamento nos membros superiores ou nos membros inferiores, dependendo da sua localização.


Dados da OMS revelam que 15% a 20% da população mundial é afetada pela artrose e cerca de 70% a 80% da população com mais de 65 anos possui a doença. O número de pacientes com o problema cresce ainda mais após os 75 anos de idade, acometendo 85% desta faixa etária.


Avanço na medicina – Pouco mais de 15 anos, os profissionais da ortopedia e traumatologia acompanharam uma revolução tecnológica na sua área. A partir de 1995, por exemplo, pesquisadores dos principais centros do mundo intensificaram estudos no setor e que logo chegou às unidades de saúde. Atualmente, o raio X não é mais o principal meio de diagnóstico. A tomografia e o exame de ressonância magnética mudaram radicalmente a maneira como as lesões e doenças – como a artrose – são avaliadas e, principalmente, tratadas.


“O que era aceitável em termos de diagnóstico há 15 anos, agora não é mais. Hoje distinguimos melhor as lesões através dos exames de imagem, com detalhes que no passado não eram percebidos”, afirma o médico ortopedista do Hospital Santa Lúcia, Dr. Julian Machado. “Sem sinais aparentes no raio X, muitas lesões não eram tratadas corretamente, o que poderia originar um problema no futuro, como a artrose. Veja o exemplo de um paciente que, hipoteticamente, tenha sofrido uma fratura em 1990, aos 20 anos de idade. Certamente, ele passou por raio x, imobilização e voltou a andar. Hoje, com 44 anos, ele pode estar enfrentando o resultado do trauma e da tecnologia da época”, reforça.


As próteses são mais um passo da revolução na medicina. Para cada articulação há uma infinidade de tratamentos a fim de resgatar a qualidade de vida dos pacientes. “Só para ombros, por exemplo, temos cinco tipos de próteses diferentes, que variam conforme a gravidade da lesão”, pondera o médico Leônidas.



Fonte: http://www.jornaldebrasilia.com.br/tudodebom/saude/674321/artrose-atinge-cerca-de-15-milhoes-de-brasileiros-segundo-o--ministerio-da-saude/

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Tenha A Atividade Física Como Uma Aliada Da Sua Coluna Vertebral

Ortopedista incentiva a prática de exercícios físicos; porém alerta sobre dores nas costas que - se não cuidadas - podem evoluir e se tornar crônicas


Com a chegada dos Jogos Olímpicos, nesta edição em solo Nacional, um número grande atletas não assistidos adequadamente se empolgam com o noticiário e resolvem superar suas próprias marcas, porém, esta motivação pode trazer danos sérios e até irreversíveis para a Coluna Vertebral. Para evitar que a iniciativa de se tornar o atleta do ano não vire um transtorno por longo período, o ortopedista Dr. Pil Sun Choi,, faz algumas recomendações de fundamental importância para a boa saúde da sua coluna:


- Orientação profissional: "antes de iniciar o seu programa de atividades físicas, consulte um profissional especializado para traçar a frequência e ritmo de treinos e não deixe de consultar um médico sobre os seus planos de se tornar um atleta", recomenda.


- Evite o Sedentarismo: longas horas na frente do computador ou teclando no celular, sem fazer nenhum tipo de atividade física, podem favorecer o aparecimento de problemas na coluna. "O sedentarismo interfere no metabolismo do disco intervebral, que precisa de movimento para manter o equilíbrio vital das células", diz.



- Cuide da sua Postura: A forma de andar, sentar, dormir e mesmo de abaixar para pegar coisas influencia na saúde da coluna. Pessoas que, usualmente, adotam posturas inadequadas tendem a criar maus hábitos, pois o cérebro se acostuma com a posição errada. "Há uma sobrecarga das estruturas vertebrais, o que provoca dores, e ao longo do tempo determina retrações musculares e posturas viciosas", afirma.


- Musculação: "muita atenção ao peso utilizado nos treinos, esses fatores podem facilitar o aparecimento de deformidades pela sobrecarga que causa nas estruturas vertebrais e podem antecipar lesões discais e até artrose da coluna, em um prazo mais distante", completa.


O tipo de atividade física vai depender da faixa etária, porém, como regra geral, a caminhada e a natação são bastante recomendados. Os exercícios físicos regulares fortalecem a estrutura vertebral e contribui para uma vida mais saudável.


Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna


Em casos de indicação cirúrgica o paciente tem a possibilidade de um procedimento inovador, a Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna. Tratamentos mais modernos que usam novas tecnologias, com pequenos cortes e visam diminuir os riscos e complicações cirúrgicas, focando sua ação na zona doente, que é a fonte da dor. O Professor Doutor Pil Sun Choi, atual Chefe do Grupo de Cirurgia Minimamente Invasiva do Hospital Beneficência Portuguesa, autor de uma tese premiada sobre cirurgias de coluna e responsável por trazer técnicas modernas e inovadoras dos EUA e Europa e Ásia no que diz respeito ao procedimento e Presidente do V COMINCO juntamente com o Dr. Wilson Dratcu, há anos trabalham na divulgação e apresentação dos procedimentos e, organizam a quinta edição do Congresso Brasileiro, que reúne especialistas de todo o mundo para debate das novas técnicas.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Cientistas criam esponja de polímero para tratar lesões da coluna



Um grupo de pesquisadores da Mayo Clinic anunciou nessa semana o desenvolvimento de um material polimérico que pode ser usado para tratar lesões na coluna vertebral de maneira mais barata e menos invasiva que os métodos já conhecidos.

Trata-se de uma pequena esponja de formato cilíndrico feita de um material semelhante ao de brinquedos de animais que aumentam de tamanho quando são deixados na água. Por ser pequeno, o cilindro pode ser inserido em incisões pequenas, e depois irrigado para atingir o tamanho adequado. Seu material também lhe permite ser preenchido com remédios ou fluidos estabilizantes. O vídeo abaixo (em inglês) mostra a novidade:





Metástases

Uma das principais funções do novo material é tratar lesões causadas por tumores que sofrem metástase (caem na corrente sanguínea, indo para outras partes do corpo) e se alojam na coluna. Quando isso acontece, é necessário remover a área afetada e preenchê-la com algum material.

Atualmente, existem dois métodos comuns para realizar esse procedimento. O primeiro envolve uma cirurgia que acessa a coluna pela frente do corpo do paciente (através da cavidade torácica) e substitui a área afetada com enxertos de osso ou de metal. Trata-se, contudo, de um procedimento bastante invasivo, que implica num longo processo de recuperação e pode trazer complicações.

O outro método, menos invasivo, acessa a coluna pelas costas do paciente, realizando uma pequena incisão, e substituindo a região prejudicada da coluna com hastes expansíveis de titânio. Embora seja uma cirurgia mais simples, o alto custo do titânio a torna bem menos acessível. 

A novidade criada permite combinar o baixo custo do primeiro método com a cirurgia mais simples do segundo. O próximo passo da pesquisa, segundo ela, é testar o material em cadáveres, simulando um procedimento com pacientes, e a pesquisadora pretende começar os testes clínicos nos próximos anos.

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