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Revista CARAS - Vertebroplastia x Cifoplastia
Entendendo mais sobre a Osteoporose e Tratamentos Minimamente Invasivos



Uma nova cirurgia revoluciona o tratamento das fraturas da coluna
A principal causa de fraturas de vértebras da coluna em idosos é a osteoporose. Portadores de fraturas que não conseguem bons resultados ou têm efeitos colaterais graves no tratamento com medicamentos, ou não toleram o uso de colete, podem fazer cifoplastia. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva que consiste em injetar cimento na fratura para que cole e alivie a dor.

A coluna vertebral é uma espécie de haste única flexível que se localiza na parte posterior e central do tronco. Ela vai da cabeça à bacia. É fundamental porque envolve e protege a medula espinhal e seus nervos. Constitui-se de 33 vértebras que se dividem em cinco grupos: sete na coluna cervical, 12 na dorsal, cinco na lombar, cinco soldadas entre si na sacral, e quatro, também soldadas entre si, na coccidiana. Infelizmente, as vértebras da coluna podem apresentar doenças e problemas, como fraturas.

A principal causa de fraturas de vértebras em jovens e adultos são os acidentes. Já a causa mais importante de tais fraturas em idosos é a osteoporose. Essa doença sistêmica, mais comum na população feminina, se caracteriza pelo enfraquecimento progressivo dos ossos. A principal causa de osteoporose na mulher é a queda da produção dos hormônios sexuais a partir da menopausa. 

Portadores de osteoporose podem sofrer fraturas de vértebras em toda a coluna. São mais comuns, porém, na coluna torácica e na lombar, porque são as que mais suportam o peso do corpo. As fraturas podem resultar de quedas e, nas situações de osteoporose mais grave, até de atividades simples como caminhar, baixar-se e/ou levantar-se. Causam muita dor, pela deformidade vertebral (cifose) e/ou pelo esmagamento da vértebra, mas raramente provocam lesões musculares medulares ou dos nervos.

Portadores de osteoporose com suspeita de fraturas de vértebras têm de ser levados a um ortopedista ou a um neurocirurgião que seja especialista em cirurgia da coluna. Todas as fraturas de vértebras por osteoporose devem ser tratadas. O tratamento consiste no controle das dores com analgésicos, no uso de colete para proteger a coluna até que as fraturas se consolidem e repouso.

Em geral não se faz cirurgia convencional nesse tipo de paciente porque seus ossos são fracos e não sustentam parafusos e hastes. Ela só é indicada em casos de instabilidade espinhal importante ou comprometimento neurológico. 

Felizmente, ultimamente se vem usando com sucesso nos portadores de fraturas por insuficiência (do idoso) que não conseguem bons resultados ou têm efeitos colaterais graves no tratamento com remédios, ou não toleram o uso de colete, ou não podem fazer repouso por longos períodos duas cirurgias minimamente invasivas: a vertebroplastia e a cifoplastia. São feitas percutaneamente (sem cortes), por meio de cânulas, com as quais se injeta cimento medicinal na vértebra para fixá-la, aliviar a dor e reduzir a deformidade.

A vertebroplastia é usada em fraturas desde o meio dos anos 1990. É feita em ambulatórios com anestesia geral. Proporciona bons resultados, mas tem o inconveniente de parte do cimento às vezes sair da vértebra, podendo causar embolia e/ou comprimir a medula espinhal. 

Já a cifoplastia foi criada com base na vertebroplastia e representa uma grande evolução. É utilizada no Brasil desde 2006. Consiste em introduzir um balão na vértebra fraturada, inflá-lo para que restaure a altura do corpo vertebral e injetar cimento. Como se utiliza um cimento mais viscoso, o risco de extravasar para o canal vertebral ou causar embolia é bem menor. Também é feita com anestesia local e proporciona bons resultados. É fundamental que tanto a vertebroplastia quanto a cifoplastia sejam feitas sempre por profissionais experientes. 




Dr. Ernani Abreu - Programa Pedro Ernesto Entrevista, Porto Alegre | RS

Entrevista do Dr. Ernani Abreu para o Programa Pedro Ernesto Entevista, da TVCom, filiada da RBS no Rio Grande do Sul. Foram diversos assuntos abordados, de maneira leve e descontraída, sobre Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna.


É importante haver espaço na mídia para divulgar a evolução das técnicas de coluna vertebral. Todos sabemos que quando uma pessoa precisa de uma cirurgia no joelho, por exemplo, ela não vai optar por uma intervenção de grande invasão, certo? Ela vai procurar realizar uma artroscopia. Ou para realizar uma cirurgia na vesícula, a mesma coisa acontece. Então essa é a ideia da Cirurgia Minimamente Invasiva: operar a coluna, quando a patologia permite indicação desse tipo de intervenção, da maneira que gere mais resultado e menos desconforto no pós operatório do paciente. 


 


Clique nas fotos para ampliá-las.

E para quem não teve oportunidade de ver pela televisão, pode conferir aqui o vídeo na íntegra. 




Texto veiculado no Jornal do Hospital Ernesto Dornelles, Porto Alegre | RS

Diz-se que todas as pessoas do mundo têm dor na coluna pelo menos uma vez na vida. O que está acontecendo? É a doença do século?

Hoje têm sido cada vez mais valorizados a saúde e o bem estar. A população aumentou e também a expectativa de anos de vida. O progresso nos trouxe muito conforto e facilidades, mas por outro lado, nos levou ao sedentarismo. A alimentação incorreta, stress e sedentarismo têm nos levado cada vez mais à fragilidade de nosso organismo, de nossa musculatura, de nosso sistema músculo esquelético, fazendo com que atitudes diárias de trabalho ou esporte, que antes não nos afetavam, hoje nos causem estragos algumas vezes graves. Por isso a prevenção ganha cada vez mais importância em nossa qualidade de vida.

Esta é a palavra chave de hoje: qualidade de vida. Não importa a idade, se na terceira ou já na tão falada quarta idade.

Temos que nos conscientizar que da mesma forma que comemos, dormimos, trabalhamos, devemos achar um tempo para nos dedicarmos à atividade física, grande responsável pela saúde. Podemos prevenir a osteoporose, problemas cardíacos, colesterol alto, diabete, câncer de colo de útero e mama, retardar processos degenerativos em nosso corpo e muito mais, simplesmente com exercícios lentos, graduais e progressivos, fáceis de serem executados, desde que corretamente orientados. 

A patologia cirúrgica da coluna mais frequente é, sem dúvida, a hérnia de disco lombar, popularmente conhecida como do nervo ciático. Hoje, 80% dos pacientes com esta patologia podem regredir seu quadro doloroso sem cirurgia, através de tratamento medicamentoso, fisioterápico e orientações posturais. Os outros 20% necessitam de intervenção cirúrgica para o regresso às suas atividades habituais contam com as técnicas mais modernas existentes no mundo, minimamente invasivas, sem anestesia geral e com retorno às suas atividades agilizado.

As patologias da coluna vertebral afetam qualquer idade, desde crianças até os idosos. É sempre bom lembrar que o nosso organismo não fala, mas pode expressar-se e a forma como isso ocorre é através da dor. Dor é um sinal de alarme. Não espere pelo milagre da cura espontânea, procure orientação de seu médico, para que o que quer que tenha ocorrido em seu organismo seja curado sem sequelas. Quase tudo pode ser resolvido de maneira simples, desde que no tempo certo. 

Dr. Ernani Abreu
Revista Saúde, Publicada pelo Hospital Ernesto Dornelles



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