segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Corre e está com dor na perna? Será que é mesmo canelite? Descubra!

 
Doutora Ana Paula Simões explica quais os possíveis diagnósticos desse problema que atinge muitos corredores. Fratura por estresse e tendinite estão na lista. Confira!

 
"Shin splints", ou canelite, é um problema comum relacionado ao exercício. O termo inflamação da canela refere-se à dor ao longo da borda interna da espinha da tíbia. A dor normalmente se desenvolve após a atividade física, e são frequentemente associadas à execução. Qualquer atividade esportiva vigorosa pode trazer dores na canela, especialmente se você está apenas começando um programa de fitness ou corrida.

Medidas simples podem aliviar a dor, como repouso, gelo e alongamento que muitas vezes ajudam. Cuidar para não exagerar na sua rotina de exercícios ajudará a evitar que as dores fiquem recorrentes.


 

O que é canelite

A síndrome da tensão tibial medial é uma inflamação dos músculos, tendões e tecido ósseo em volta da tíbia. A dor normalmente ocorre ao longo da borda interna da tíbia, onde os músculos se ligam ao osso. Depois de discutir seus sintomas e histórico, seu médico examinará sua perna.

Um diagnóstico preciso é muito importante. Às vezes, podem existir outros problemas que podem confundir o diagnóstico, sendo necessário exames complementares. Várias condições podem causar dor nas pernas, incluindo fraturas por estresse, tendinite e síndrome do compartimento de esforço crônico. Veja os principais:

 

Fratura por estresse

Se as dores da canela não respondem ao tratamento, seu médico pode querer garantir que você não tenha uma fratura por estresse, que é uma pequena (s) fenda (s) na tíbia causada por estresse e uso excessivo. A dor geralmente é pontual, diferente da canelite que é mais extensa.

Exames de imagem que recriam imagens da sua anatomia ajudam a diagnosticar condições como essa. Um estudo de análise óssea como ressonância magnética geralmente mostrará fraturas por estresse na tíbia.


 

Tendinite

Os tendões unem os músculos aos ossos. A tendinite ocorre quando os tendões se inflamam. Isso pode ser doloroso como as canelites, especialmente se houver uma lesão parcial do tendão envolvido. Uma ressonância magnética pode ajudar a diagnosticar tendinite. A tendinite dói ao movimento do tendão ou no simples acionamento do mesmo, tem relação com o movimento e esforço do tendão envolvido.

Síndrome do compartimental crônica

Uma condição incomum chamada síndrome do compartimento de esforço crônico causa sintomas como dores da canela. A síndrome do compartimento é uma condição dolorosa que ocorre quando a pressão dentro dos músculos aumenta em níveis perigosos. Na síndrome compartimental crônica isso é provocado pelo exercício. A dor geralmente se resolve logo após parar a atividade.

Os testes utilizados para diagnosticar esta condição envolvem medir a pressão dentro dos compartimentos das pernas antes e depois do exercício. À medida que a duração e a magnitude da pressão intersticial aumentam, a função mioneural é prejudicada e a necrose dos tecidos moles eventualmente se desenvolve.

Dor ou compressão ciática

A dor ciática é uma dor que percorre todo o trajeto do nervo ciático, que se inicia na região lombar, passa pelas nádegas e vai até a parte mais baixa de uma ou duas pernas. Este é o nervo mais longo do corpo. A dor aparece quando este nervo está irritado através de uma inflamação, por uma compressão externa, pelo deslocamento do disco intervertebral, pela hérnia de disco na coluna lombar ou por uma contratura do músculo piramidal ou até mesmo compressão do piirforme.

Pinçadas ou espasmos de dor ocorrem na parte baixa da coluna e ao longo do nervo ciático, que percorre pela parte profunda da coxa e/ou superficial da perna indo até o pé. A dor geralmente é sentida como uma pontada ou uma queimação na perna, simulando a canelite. Às vezes, começa gradualmente, piora durante a noite e é agravada pela atividade física. A dor ciática também pode causar formigamento, parestesias (baixa sensibilidade) ou fraqueza nos músculos da perna afetada.


 

Trombose veia profunda (TVP)

Trombose venosa profunda é uma doença potencialmente grave causada pela formação de coágulos (trombos) no interior das veias profundas. Na maior parte das vezes, o trombo se forma na panturrilha, ou batata da perna, simulando a canelite, mas pode também instalar-se nas coxas e, ocasionalmente, nos membros superiores. O desprendimento do coágulo pode provocar complicações a curto ou longo prazo. A curto prazo, ele pode deslocar-se até o pulmão e obstruir uma artéria. Esse episódio é chamado de embolia pulmonar e, conforme o tamanho do coágulo e a extensão da área comprometida, pode ser mortal.

A longo prazo, o risco é a insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-flebítica, que ocorre em virtude da destruição das válvulas situadas no interior das veias encarregadas de levar o sangue venoso de volta para o coração. Edema, dor, calor, rubor (vermelhidão) e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo são os sinais mais comuns que dão na perna. A diferença é que a dor é constante, e não só aos esforços

 

Tensão / distensão muscular

Distensão muscular é mais uma lesão de esforço, muitas vezes associada a corridas. A distensão cria uma área muito dolorida na parte traseira do músculo da perna, devido a uma ruptura parcial ou estiramento. Esta geralmente se desenvolve por causa de flexibilidade ou aquecimento inadequados, além de um pobre preparo físico para o exercícios em questão. Neste caso a dor é aguda no momento da lesão e depois vai melhorando com o repouso.

Cãibra

Cãibras nas pernas são episódios transitórios de dor, geralmente por vários minutos, quando o músculo geralmente localizados na panturrilha, na parte posterior da perna, entra em espasmo, o qual não pode ser controlado. Há uma sensação de aperto durante a cãibras, que são mais comuns durante a noite e em pessoas mais velhas. Estima-se que um terço das pessoas com mais de 60 anos sofram deste mal. Mas pode ocorrer em praticantes de esporte que estão em desequilírio hidro-eletrolítico.

 


 

Existem vários outros diagnósticos diferenciais como tumores, síndromes compressivas nervosas, venosas e arteriais; infecções e até mesmo hérnias musculares.

Depois de uma série de perguntas e respostas para descartar problemas óbvios, o médico vai querer montar um histórico da dor e, em seguida, examinar a perna e localizar a dor. Os médicos irão querer sentir os pulsos, testar edema e inchaço, e detectar mudanças na temperatura. Além de toda parte ortopédica.

Lesões específicas, tais como as causadas por lesões desportivas, podem ser investigadas mais a fundo, com testes, incluindo ultrassom, raio-X, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e cintilografia óssea.

Em casos de claudicação - dor nas pernas causadas por suspeita circulatória -, o processo de diagnóstico pode incluir: índice BP tornozelo-braquial, medições de sangue e pressão no braço e tornozelo durante o repouso e após caminhada, ultrassonografia e angiografia.

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
 
 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Dor no pescoço pode atingir coluna cervical




Uso abusivo de smartphone, travesseiro inadequado, dormir de bruços, tensão, questões emocionais ou horas sentados em frente ao computador. Fatores como os listados ocasionam forte pressão na região do pescoço e acarretam dores constantes e/ou agudas. A má postura para trabalhar, utilizar o celular ou dormir traz sequelas graves que, se não tratadas, podem atingir até a coluna cervical.

Para o ortopedista Emerson Garms, coordenador do Centro de Ortopedia Especializado do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, muitas pessoas não sabem a dimensão da importância desta região do corpo. ""Quando flexionamos o pescoço para visualizar uma mensagem no celular, por exemplo, a curvatura se diminui e o peso da cabeça é multiplicado, o que gera tensão nos músculos e uma carga muito pesada. Repetir essa prática centenas de vezes ao dia pode ser a causa de um problema"", diz.

Aliar o uso prolongado do smartphone com uma postura incorreta, seja no sofá ou deitado na cama, na maioria das vezes é considerado uma bomba-relógio ao corpo, já que ocasionará ainda mais pressão aos músculos da região. ""De dores sazonais, se não tratadas, o problema pode se tornar crônico e, com a sobrecarga nas vértebras, ocasionar uma eventual artrose precoce ou hérnia de disco"", alerta o médico.

O médico elenca cinco cuidados que podem atenuar eventuais problemas no pescoço e recuperar a qualidade de vida:

Agasalhe-se: apesar de muitas pessoas não se atentarem a isso, friagens, seja na rua ou no ar condicionado do trabalho ou do transporte (carro, metrô e ônibus), pode trazer problemas a médio e longo prazos;

Para quem trabalha sentado, atenção redobrada: movimentar a cabeça, ombro, braços e pernas a cada 60 minutos é primordial. Ficar na mesma postura o dia todo pode ocasionar graves problemas na coluna;

No trânsito, atente-se ao encosto de cabeça: item que passa despercebido pela maioria das pessoas que enfrentam horas de congestionamento diário, o encosto de cabeça no automóvel auxilia a manter a postura adequada e evita males ainda maiores;

Desconecte-se: a tecnologia chegou para auxiliar o dia a dia, porém, muitas pessoas estão viciadas em smartphones e tablets e não conseguem se desconectar por alguns minutos sequer. Busque atividades físicas que exijam a abstinência de celular, como corrida, natação, futebol, vôlei etc;

Procure ajuda: crises de dores agudas e/ou constantes exigem mais que anti-inflamatórios ou relaxantes musculares. Busque auxilio de médicos para tratar a causa do problema e não apenas o efeito. 

Fonte: http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/809745/cuidados-basicos-no-dia-a-dia-podem-amenizar-dor-no-pescoco#

terça-feira, 15 de agosto de 2017

QUIROPRAXIA O QUE TRATA?

Conhecido como um poderoso tratamento para dores na coluna, a Quiropraxia é capaz de tratar e prevenir diversas doenças.

Desde a origem da Quiropraxia, esta profissão trata, especificamente, da região neuro-músculo-esquelético, que são basicamente problemas na articulação, seja de tendões, músculos, ligamentos, disco intervertebral, etc.

Se você estiver sofrendo de algum problema desse gênero, ou nessa área, um quiropraxista é o profissional ideal para te ajudar.

O quiropraxista por meio de suas mãos faz uma entrevista e análise minuciosa do corpo, identificando possíveis problemas como lesões e restrições de movimentos.

Conforme abordado no artigo “O que é Quiropraxia?“, identificado algum desequilíbrio, o quiropraxista realiza uma ação terapêutica na região, visando o alívio e consequentemente a melhora da lesão, gerando assim o bem-estar do cliente. Há uma ênfase no tratamento manual, o que inclui em alguns casos a manipulação articular ou “ajustamento das articulações” como também é conhecido.

Quiropraxia o que trata

 

QUANDO PROCURAR UM TRATAMENTO?

Segundo a quiropraxista Daniela Silvestrino, é muito importante focar sempre na prevenção de doenças.

“O mau do brasileiro é só procurar ajuda quando está com dor, e não é pouca dor não. Por isso é importante falar sempre da prevenção, para as pessoas procurarem ajuda antes do problema aparecer ou agravar.”

Caso não haja a prevenção, você deve procurar um quiropraxista se estiver sofrendo algum desses problemas:

  • dores nas costas

  • dor de cabeça e enxaqueca

  • dor no pescoço

  • dor na coluna

  • dores nos ombros

  • dores nos braços

  • dores nos braços

  • dor na pelve

  • cotovelo de tenista

  • dores no quadril

Veja também: Indicações e contraindicações da Quiropraxia

O PROFISSIONAL QUIROPRAXISTA

O quiropraxista é um profissional da área da saúde com formação de nível superior divididos em 9 semestres com mais de 4000 horas de curso, além de 1000 horas de estágio.

No Brasil, há aproximadamente 700 profissionais formados, porém a profissão ainda não é regulamentada.

CONCLUSÃO

Muitas pessoas procuram a quiropraxia para aliviar dores nas costas, problemas respiratórios, cólicas menstruais, etc. A quiropraxia serve também para tratar diversas áreas no nosso corpo, por meio de técnicas aplicadas com as mãos, sem procedimentos cirúrgicos ou medicamentos, visando aliviar a dor da pessoa e fazê-la voltar a ter sua condição natural de saúde.

 

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Hérnia de disco representa o principal problema ligado à coluna

A doença tem tratamentos alternativos às cirurgias invasivas, como a endoscopia terapêutica
Grande parte da população já teve o desprazer de sentir dores nas costas pelos mais variados motivos. De acordo com Alexandre Fogaça Cristante, ortopedista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, cirurgião de coluna da Clínica Vertebrae e membro titular da Sociedade Brasileira de Coluna, estima-se que 80% das pessoas terão essa dor em algum momento da vida. Apenas uma pequena porcentagem, no entanto, diz respeito a algo realmente grave, que precisará de investigação mais aprofundada.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a hérnia de disco representa 90% dos problemas ligados à coluna. Caracterizada como dor recorrente na região lombar, a hérnia discal, como também é chamada, tem mais de 2 milhões de registros por ano somente no Brasil.
 
A doença é definida como o deslocamento do núcleo gelatinoso de um disco vertebral por uma pequena abertura no invólucro exterior mais rígido. Em alguns casos, a patologia pode ser assintomática, isto é, não apresentar sintomas, o que costuma dificultar o diagnóstico. Em outros, as terminações nervosas próximas ao nervo podem ser comprimidas e ocasionar dores, dormência na região ou até mesmo fraqueza nos braços e nas pernas.
 
Leia mais: Por que as dores aumentam nos dias frios? Saiba como se proteger
 
Para Fogaça, há alguns sinais de alerta que podem significar que o problema na coluna é sério e necessita de tratamento: “Uma dor que começa depois de um trauma ou que está associada a alguma alteração neurológica, como a perda da força ou da sensibilidade. Há casos também em que a dor é muito forte à noite, quando a pessoa está deitada: esse é mais um dos sinais de alerta. Crianças e idosos fazem parte do grupo de risco; então, a atenção deve ser redobrada”.
 
O diagnóstico pode ser feito com exames laboratoriais e de imagem, como a ressonância magnética, mas nem todos os casos demandam cirurgia. Na maioria das vezes, o tratamento é feito  com medicamentos e fisioterapia. A intervenção cirúrgica deve ser considerada só como último recurso,  de acordo com a gravidade do deslocamento.
 
“Um dos fatores determinantes para o desenvolvimento da patologia discal é o genético”, explica Márcio Ramalho da Cunha, neurocirurgião e membro titular da Sociedade Brasileira de Coluna e da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. A idade de maior recorrência da hérnia de disco compreende a faixa a partir dos 40 anos.
 
Prevenção e tratamento
 
Uma das formas de prevenir o desgaste do disco da coluna é praticar atividades físicas de maneira regular, preferencialmente as que não são de alto impacto. Manter o peso adequado, prestar atenção na postura e evitar esforços radicais também são dicas de prevenção. Para quem tem o problema, uma das técnicas de cirurgia para a coluna elogiada por especialistas da área é a endoscopia terapêutica, que possibilita internação e recuperação mais rápidas e menos dolorosas.
 
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O ortopedista Márcio Ramalho é um dos cirurgiões familiarizados com a técnica da endoscopia, surgida há pouco mais de uma década. “Além de ter o mínimo de manipulação cirúrgica dos tecidos envolvidos durante o procedimento, o índice de infecção pós-operatória é praticamente nulo, pois o acesso cirúrgico se restringe a uma incisão de apenas 1 centímetro, por meio da qual se insere o endoscópio, possibilitando uma descompressão cirúrgica do segmento lombar com sinais de estreitamento”, conta. “Por se tratar de uma cirurgia minimamente invasiva, é possível uma reabilitação precoce, além de menores taxas de infecção hospitalar, visto que o sangramento é bem inferior quando comparado com outras cirurgias de coluna. Dessa forma, o paciente poderá retornar rapidamente às atividades diárias.”
 
A endoscopia terapêutica não deve ser feita em todos os tipos de hérnia, conforme esclarece Alexandre Fogaça: “A recomendação irá depender muito do nível da hérnia e da localização do disco em si. Por exemplo, se o disco estiver muito desgastado e o fragmento dele tiver migrado para localizações muito internas, a endoscopia é contraindicada”.
 
Fonte: http://claudia.abril.com.br/saude/hernia-de-disco-representa-o-principal-problema-ligado-a-coluna/
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