segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Sintomas e diagnóstico da artrose cervical

A artrose é a doença reumática crônica mais comum no mundo. Ela é caracterizada por alterações morfológicas que podem atingir todas as articulações do corpo e afetar principalmente as cartilagens. A artrose é resultado do desgaste da cartilagem. Esta doença pode surgir a partir dos 25 anos e tem evolução lenta e sem sintomas graves durante muitos anos (apenas 30% dos pacientes apresentam sintomas). A artrose cervical é aquela que atinge as vértebras da coluna vertical.

Artrose cervical e dor na coluna

O aparecimento da dor e rigidez da parte superior da coluna pode indicar que a artrose afetou as vértebras cervicais. No entanto, se a dor aparecer na parte inferior das costas, significa que a artrose afetou as vértebras lombares. Em geral, a artrose ou espondilose cervical afeta principalmente as vértebras C5-C6 e, principalmente, as C6-C7.


Artrose primária ou secundária

A artrose primária está ligada a fatores genéticos que criam uma predisposição para esta doença, enquanto a artrose secundária está relacionada ao envelhecimento, embora as quedas, má postura e o estresse agravem a doença.

Sintomas da artrose cervical

Pacientes com artrose sentem dor do tipo mecânica na região cervical que aumenta com a atividade e diminui com o repouso. Em estágios avançados, pode se tornar uma dor crônica.

Também ocorre rigidez do pescoço e desconforto ao mover a cabeça, agravada pela tensão muscular excessiva que geralmente se acumula na parte de trás da cabeça. A rigidez pode comprimir as artérias vertebrais causando dores de cabeça e tonturas.

Outro sintoma característico é a perda de força ou sensibilidade alterada no braço, antebraço e na mão (formigamento e dormência). A perda de força pode indicar uma invasão do nervo causada por osteófitos (saliências ósseas causadas pela artrose) ou colapso vertebral (em estágios avançados da doença).

As pessoas que sofrem de artrose têm dificuldade em mover o pescoço e cabeça devido à compressão das raízes nervosas que pode aumentar gradualmente ao longo do tempo. A dor se espalha para o pescoço, ombro ou braço. Uma pessoa pode sofrer de artrose por muitos anos sem perceber.

Como diagnosticar a artrose

Para diagnosticar a artrose é necessário realizar uma radiografia das vértebras cervicais. A radiografia pode revelar uma compressão da linha articular ou a presença de osteófitos que confirmam um quadro de artrose. É preciso atentar, no entanto, que nem sempre existe uma correlação entre os sintomas e as radiografias.

Em algumas ocasiões, pode ser necessário realizar uma ressonância magnética para se descartar compressões da raiz nervosa ou da medula espinhal (especialmente quando ocorre uma alteração na sensibilidade). 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

SBN esclarece sintomas e tratamento da compressão medular


Comum entre idosos, a doença pode ocorrer em pessoas mais jovens por fatores genéticos


A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), uma das cinco maiores associações do mundo, esclarece os sintomas e o tratamento para a compressão medular. Segundo o neurocirurgião Jefferson Walter Daniel, Professor Doutor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (SP) e Coordenador da Comissão de Títulos de Especialistas da SBN, a causa prevalente para a doença é a estenose (estreitamento) do canal vertebral secundário à espondilose (artrose) da coluna vertebral.

A espondilose é o envelhecimento e a degeneração das estruturas anatômicas situadas na coluna vertebral, tais como os ligamentos da coluna, dos discos intervertebrais e as articulações. Ocorre predominantemente nos segmentos cervical e lombar da coluna vertebral e os sintomas neurológicos e da dor são comuns após os 60 anos de idade.

“Os sintomas de dor são amenizados, mas não eliminados na maioria dos pacientes. O fortalecimento da musculatura do pescoço, dorso e da região lombar minimizam o desconforto”, afirma o especialista. O neurocirurgião ainda ressalta que atividades físicas, de acordo com a capacidade clínica de cada indivíduo, sempre são indicadas. A fisioterapia, a reeducação postural global, Pilates, entre outros, fortalecem a musculatura. A acupuntura atenua os sintomas da dor quando as atividades físicas mencionadas não são possíveis de ser realizadas.


Tratamento e prevenção

A cirurgia para ocorrências de compressão medular é necessária quando há sintomas neurológicos. Nesses casos, o tratamento operatório deve ser contemplado. Já tratamentos alternativos são indicados na presença de doenças crônicas e, muitas vezes, graves, quando especialistas contraindicam a intervenção cirúrgica.

Os métodos cirúrgicos são distribuídos entre as cirurgias denominadas de abertas e as técnicas minimamente invasivas. As abertas são de porte cirúrgico maior e com a intenção de retirar a causa da compressão do tecido nervoso e estabilizar o segmento da coluna vertebral afetado pela doença. As minimamente invasivas possuem os mesmos objetivos, porém apresentam incisões cirúrgicas menores.
Para definir o tipo de cirurgia, é preciso analisar a gravidade dos sintomas neurológicos, o estado clínico geral e a presença ou a ausência de instabilidade das vértebras, característica comum na doença degenerativa da coluna vertebral. Após análise, determina-se a técnica cirúrgica conforme o estágio da doença e de maneira individualizada. Quanto mais avançada a idade do paciente e a presença de doenças associadas, menor o porte do procedimento cirúrgico indicado.

Para prevenir complicações na terceira idade, a SBN destaca que hábitos de vida saudáveis, boa alimentação e exercícios físicos regulares desde a juventude contribuem para o bom estado mental, físico e social. No entanto, a Sociedade alerta que a espondilose da coluna vertebral muitas vezes é inevitável, já que a causa da doença é genética.

Sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN)

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, fundada há 58 anos, e composta por médicos que exercem a especialidade de Neurocirurgia no Brasil. Atualmente, a SBN está entre as cinco maiores associações do mundo, com aproximadamente 2.300 sócios e 24 membros em sua diretoria, de diferentes regiões do País. Hoje, o presidente da SBN é o Dr. Modesto Cerioni Junior, e a vice-presidência é ocupada pelo Dr. Clemente Augusto de Brito Pereira.
O principal objetivo da SBN é cuidar do ensino dos Residentes e da formação do Neurocirurgião. Deve, ainda, defender a boa prática profissional, as adequadas condições de trabalho e os interesses do especialista em Neurocirurgia no Brasil, além de ser fonte de informações científicas, de pesquisas, avanços tecnológicos e outros assuntos relacionados.


A Sociedade mantém o Projeto Pense Bem, de âmbito social, com o objetivo de conscientizar escolares e a população sobre como prevenir acidentes e evitar traumas e sequelas, principalmente no cérebro, na medula e nervos periféricos, além de prevenir doenças vasculares cerebrais e suas consequências.

Fonte: 
http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,803788,SBN_esclarece_sintomas_e_tratamento_da_compressao_medular,803788,9.htm
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