segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Sente dor nas costas ao pedalar?


O ciclista passa muito tempo em cima da bike, de modo que o exercício exige um bom preparo não apenas das pernas, mas também da musculatura responsável por manter o tronco numa posição ereta sobre o selim. Por isso, um problema bastante incidente em quem pedala é a lombalgia (dor na região lombar). A seguir, o médico do esporte Roberto Ranzini, que é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, explica o que é e como prevenir a dor nas costas ao pedalar.
O QUE É?
A lombalgia é caracterizada por uma dor aguda na região lombar, ocasionada por um processo inflamatório que pode acometer pontos da vértebra ou os músculos responsáveis por sua sustentação. É um quadro bastante comum no ciclismo, tanto em atletas de endurance como diletantes que costumam pedalar longas distâncias.
CAUSAS
Na maioria dos casos, o problema tem origem em alterações degenerativas da coluna vertebral ou em vícios posturais. No caso dos ciclistas, as causas mais recorrentes são o desequilíbrio muscular e a má postura decorrente da falta de ajuste adequado do atleta na bicicleta (bike fit).
DIAGNÓSTICO
A dor que caracteriza a lombalgia pode ser aguda ou crônica. No primeiro caso, ela é identificada apenas após o exercício. Já no segundo ela se torna contínua, podendo perdurar por um longo período caso não seja tratada. Por isso, ao perceber o problema, o ciclista deve procurar um especialista.
TRATAMENTO
Normalmente, o tratamento é feito à base de medicação anti-inflamatória — quando a dor é muito intensa — e fisioterapia, que pode ser combinada com acupuntura. Envolve também sessões de RPG (reeducação postural global) e Pilates para correção dos vícios posturais e readaptação para o gesto esportivo específico.
PREVENÇÃO
Caso o problema seja degenerativo, há exercícios específicos que podem ser prescritos por um profissional da área. Caso a origem seja a má postura na bicicleta, o ciclista deve procurar um especialista em bike fit para os ajustes necessários. Também são importantes exercícios para fortalecimento da musculatura lombar, dorsal e do abdômen, assim como alongamentos. Confira a seguir algumas sugestões do médico Roberto Ranzini.
Fortalecimento
Os abdominais devem ser feitos em superfície plana e com movimentos curtos para não sobrecarregar a coluna, de preferência com orientação de um professor de educação física.

Deite com as pernas estendidas e costas no chão. Flexione as pernas e puxe os dois joelhos em direção ao peito até sentir contrair o abdômen. O movimento deve ser feito em séries de 15 repetições.
Fique de joelhos com as mãos apoiadas no chão. Eleve um dos braços e a perna do lado oposto, sustentando a posição por 5 segundos. Depois inverta o braço e a perna, e novamente sustente a posição. Faça cinco vezes de cada lado. Cuidado para não elevar muito a perna. O abdômen deve estar contraído para não forçar a lombar.

Alongamento
Há dois grupos musculares que são imprescindíveis para a prática do ciclismo e devem receber atenção especial nos alongamentos: os isquiotibiais (posteriores da coxa) e o glúteo máximo. Esses alongamentos devem ser feitos com as costas apoiadas no chão, tracionando-se os membros inferiores contra o tronco.

Deite de costas no chão, mantendo uma perna dobrada e a outra estendida. Com ajuda de uma toalha, puxe a perna estendida para trás e segure a posição por 30 segundos. Faça isso quatro vezes de cada lado.
Deite de costas no chão e cruze uma perna sobre a outra. Aproxime as pernas do tronco até sentir alongar a região glútea e mantenha a posição por 30 segundos. Faça isso quatro vezes de cada lado.


Fonte: https://www.ativo.com/bike/papo-de-pedal/dor-nas-costas-ao-pedalar/

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

5 Dicas Para Você Preservar A Sua Coluna Na Viagem De Férias

O ortopedista, Dr. Mauricio Marteleto, mostra que medidas simples podem evitar sérios transtornos
As férias tão esperadas chegaram e você está pronto pra botar o pé na estrada. É tempo de lazer, descanso e diversão. Mas não custa nada tomar alguns cuidados para que você aproveite ao máximo o seu passeio. O ortopedista Mauricio Marteleto, preparou algumas dicas bem legais pra que você possa realizar, sem problemas, e com saúde tudo aquilo que planejou.
"São cuidados básicos de postura e de medidas que você pode adotar do começo da viagem até chegar ao seu destino", afirma o ortopedista.
O especialista esclarece que os cuidados precisam ser tomados desde a hora em que você vai carregar a mala, Se a viagem for de carro ou ônibus e você vai passar muitas horas no trânsito saiba o que tem que fazer para evitar o desgaste e as dores na coluna.
1 - O Cuidado começa pela mala
O peso da mala pode ser um grande problema para sua coluna. Tome cuidado o tempo todo. Evite o peso excessivo porque ele pode exigir um esforço redobrado, portanto, não esqueça de dobrar os joelhos e manter a coluna ereta. Se vai usar mochila, evite os movimentos bruscos ou dê preferência aos modelos com rodinhas.
2 - Cuidado com a postura
Tanto no trajeto, até ao seu destino, quanto nos dias de descanso, a preocupação com a postura tem que ser constante. Evite fazer movimentos bruscos ou fora dos padrões que você costuma realizar para evitar as fisgadas na coluna. Além disso, as atividades muito intensas costumam provocar dores incômodas de fadiga muscular que persistem por alguns dias e que limitam as suas possibilidades de lazer.
3 - Olhe se a posição do banco do carro é a mais adequada
Tanto para o motorista quanto para o passageiro, a posição do banco pode ser fundamental para que você tenha ou não uma viagem tranquila. A distância correta do banco ao volante pode evitar dor nas pernas, braços e principalmente na coluna. A lombar tem que estar totalmente apoiada no encosto. Evite curvar o corpo, o banco não pode ficar nem muito atrás, nem muito na frente. Não limite os movimentos, os braços não podem ficar nem totalmente esticados nem muito dobrados.
4 - Faça paradas programadas e não deixe de fazer alongamentos
É recomendado que as paradas sejam feitas a cada duas horas. Você deve sair do carro e se movimentar um pouco. O ideal é alongar pernas e braços e você pode fazer isso de maneira bem simples, como abrir e fechar as mãos para melhorar a circulação no membro superior e em consequência melhorar também todo o retorno do sangue e até a posição da coluna cervical. Outro alongamento indicado para essas paradas é que ajuda a aliviar a tensão e eventuais dores nas costas é a movimentação do pescoço. Mexa de u m lado para o outro e faça movimentos circulares num ritmo normal. Se você repetir por cinco vezes esses movimentos já deverá ser suficiente para aliviar a tensão da viagem. A mesma recomendação serve para quem viaja de avião, trem ou ônibus. Procure andar e mexer os pés durante a viagem e, se houver parada, aproveite para descer e caminhar um pouco.
5 - Fiquem atentos às medidas preventivas
Alongar o corpo e fazer caminhadas durante os dias de lazer são medidas fundamentais para prevenir as dores e fazer com que suas férias sejam saudáveis também para a sua coluna. Lembre-se que o alongamento deve ser feito antes, durante e depois do exercício.
Fonte:http://www.segs.com.br/saude/47610-5-dicas-para-voce-preservar-a-sua-coluna-na-viagem-de-ferias.html

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Veja como corrigir a postura e evite dores na coluna


Trabalhar durante oito horas por dia ou mais em frente a um computador pode ser bastante cansativo. Além do estresse e do cansaço, você ainda chega em casa com uma incômoda dor nas costas. Essa rotina é vivida por cerca de 80% da população mundial, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e todas essas pessoas já sofrem ou vão sofrer com problemas de coluna no futuro. Não é à toa que a dor lombar é a segunda maior causa de visita de pacientes aos médicos, perdendo apenas para a dor de cabeça.
Especialistas indicam uma pausa de 10 minutos a cada uma hora trabalhada para levantar, tomar um café ou ir ao banheiro. Assim, você consegue diminuir a pressão nos quadris e consegue manter a posição ereta por mais tempo. Mas existem outras recomendações:
Comece no ambiente de trabalho
- Mantenha a tela do computador na altura dos olhos; assim, você não precisa manter a cabeça inclinada durante o trabalho. Outra coisa importante é manter o teclado e o mouse na altura dos braços da cadeira para não ficar inclinado para a frente e conseguir apoiar os braços;
- Escolha uma cadeira giratória confortável, com rodinhas e braço regulável;
- O apoio de pé é fundamental. Ele levanta a parte posterior das pernas e facilita a circulação do sangue, evitando inchaços e dores no fim do dia.
No carro
Evite reclinar demais o banco. Deixe o encosto numa posição confortável que você consiga apoiar a cabeça e as costas, e encaixe o quadril sem esticar muito os joelhos.
Para dormir
A posição mais recomendada é de barriga para cima, com um travesseiro baixo na cabeça e outro sob os joelhos. Mas se ela for desconfortável, deite-se de lado com um travesseiro um pouco mais alto na cabeça, capaz de preencher o espaço entre o colchão e a sua cabeça; outro travesseiro baixo deve ser acomodado entre os joelhos.

Fonte: http://jeonline.com.br/noticia/9834/veja-como-corrigir-a-postura-e-evite-dores-na-coluna

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Hérnia de disco e corrida

Ultimamente a corrida tem se disseminado como um dos esportes preferidos no Brasil e no mundo, isso por diversos motivos: o esporte é considerado “fácil”, onde qualquer pessoa consegue iniciar a corrida sem orientação profissional, além de ser ‘barata’ e o único equipamento realmente necessário ser um tênis propício para o esporte. A atividade pode ser praticada em todas as estações do ano e em lugares como estradas, ruas, avenidas, parques, campo, entre outros.
Porém, junto com a disseminação da modalidade esportiva muitas pessoas cometem erros e podem correr de forma incorreta ou não ter o preparo muscular ou cardiorrespiratório adequado para começar a pratica regular da corrida.
E a hérnia de disco, pode ser um problema para a corrida?
De uma forma geral sim, a hérnia de disco possui algumas características que podem ser agravadas pela corrida, por ser uma atividade de impacto para a coluna vertebral.
Primeiramente temos que separar as discopatias, ou lesões do disco, pois não é qualquer lesão do disco que é uma hérnia. Existem os discos desidratados, as protrusões, os abaulamentos e as hérnias discais. Nem todas as lesões apresentam restrições para a corrida, sendo muitas vezes o fortalecimento muscular justamente parte do tratamento, e a corrida é uma das formas de fortalecimento muscular.
As hérnias de disco propriamente ditas são roturas dos discos vertebrais, que são amortecedores entre os ossos da coluna, com extravazamento do seu conteúdo, que pode ou não causar alguma compressão nervosa, mas geralmente causando dor.
De uma forma geral podemos definir assim – se você está com dor devido a uma hérnia de disco, ou se apresentar dor na coluna ao correr, provavelmente esse não seja o melhor momento para praticar esse esporte! O impacto causado pela corrida, principalmente em atletas amadores pode agravar o quadro, piorando a dor e a doença, o que não é recomendado nessa fase.
Aqueles que têm hérnia discal, mas não apresentam dor no seu dia a dia e nem ao correr, podem praticar a atividade associada a um programa específico de fortalecimento muscular, que deve ser benéfica para a sua coluna com o intuito de fortalecer a musculatura eretora da coluna e auxiliar na estabilização da mesma.
Na dúvida a recomendação é procurar um médico especialista antes de começar as atividades, mas lembre-se que a prevenção é sempre a melhor opção.
Sobre o Dr. Bruno César Aprile
O Dr. Bruno César Aprile, diretor clínico da SO.U Ortopedia, é médico ortopedista com formação em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialização em ‘Ortopedia e Traumatologia’ e Afecções da Coluna Vertebral  pelo “Pavilhão Fernandinho Simonsen”, da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.  pela Santa Casa de São Paulo. O Dr. é especialista em cirurgia da coluna e em técnicas minimamente invasivas e em endoscopia da coluna.

Fonte: https://vidasaudavel.gazetaesportiva.com/destaque-carrossel/hernia-de-disco-e-corrida/

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Pilates aplicado para Hérnia Lombar

hérnia de disco é considerada uma patologia extremamente comum, que causa séria inabilidade em seus portadores. Cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia discal, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A hérnia discal ocorre principalmente entre a quarta e quinta décadas de vida (idade média de 37 anos), apesar de ser descrita em todas as faixas etárias.
Estima-se que 2 a 3% da população possam ser afetados, com prevalência de 4,8% em homens e 2,5% em mulheres, acima de 35 anos. Em 76% dos casos há antecedente de uma crise lombar, uma década antes.
Diante desses dados pode-se concluir que é muito comum ter alunos com essa patologia em seu estúdio. Pensando nisso fiz um texto completo com tudo que você precisa saber sobre a hérnia lombar e como o Pilates pode ajudar.

A Hérnia Lombar

A hérnia lombar consiste de um deslocamento do conteúdo do disco intervertebral – o núcleo pulposo – através de sua membrana externa, o ânulo fibroso, ge­ralmente em sua região póstero lateral.
Estudos recentes demonstraram que, a partir dos 25 anos, as fibras do anel fibroso começam a degenerar. Isso pode levar a produzir rachaduras em suas diferentes camadas.
Assim, sob uma pressão axial, o núcleo poderia passar através das fibras do anel.
A fuga do núcleo pode ser anterior (mais raros) ou posterior (mais frequentes).Das hérnias discais lombares, 90% estão localizadas em L5-S1 e L4-L5. As hérnias lombares mais comuns são as paramedianas e colateral direita ou esquerda.
São fatores de risco, causas ambientais, posturais, desequilíbrios musculares e possivelmente, a influência genética.
Fatores de risco ambiental seria por exemplo hábitos de carregar peso, dirigir e fumar, além do processo natural de envelhecimento.

Tipos de Hérnia Lombar


  1. Hérnia intra-esponjosa ou Hérnia de Schmorl
Invaginação de caráter degenerativo do disco para o interior do corpo vertebral.
  1. Protusão Discal
Quando o núcleo rompe parcialmente as fibras do anel, mas permanece contido pelas fibras mais externas.
  1. Quando o núcleo se difunde e chega até o ligamento posterior
  2. Extrusão Discal Contida: na qual o núcleo rompe completamente as fibras do anel, mas mantém integro o ligamento longitudinal posterior. Se ele estiver unido ao núcleo, pode se reintegrar através da tração.
  3. Extrusão Discal não contida: quando o núcleo herniado vai além dos limites do ligamento longitudinal posterior, podendo ficar livre no interior do canal vertebral.
  4. Hérnia sequestrada: quando parte do núcleo fica bloqueado sob o ligamento comum posterior e as fibras do anel que se fecham atrás dela, impedindo o retorno. No interior do foramem.
  5. Hérnia migratória: após chegar ao ligamento comum posterior, a hérnia pode deslizar para cima ou para baixo.
O quadro clínico típico de uma hérnia discal inclui lombalgia inicial. E pode evoluir para lombociatalgia (em geral, após uma semana) e, finalmente, persistir como ciática pura.
Um exame físico adequado é essencial para isso. Podendo inclusive, através de cuidadosa avaliação de dermátomos e miótomos, determinar o espaço vertebral em que está localizada a hérnia.
O que é importante enfatizar é que a história natural da ciática por hérnia de disco é de resolução acentuada dos sintomas em torno de quatro a seis semanas.

Tipos de Tratamento para Hérnia Lombar

O tratamento inicial da hérnia lombar deve ser sempre conservador, explicando ao paciente que o processo tem um curso favorável.
No início, logo após a crise o tratamento é medicamentoso com repouso. Após esse período o médico encaminha o paciente para o tratamento conservador.
Esse tratamento pode ser fisioterapia convencional, Reeducação Postural Global, Terapia manual. Como, por exemplo, Maitland, Osteopatia e miofascioterapia, Acupuntura, Hidroterapia, Pilates.

Cirurgias

Apenas 2 a 4% dos casos têm indicação cirúrgica (síndrome da cauda equina, surgimento de déficits neurológico rápido progressivo).
Atualmente as cirurgias para hérnia lombar vêm evoluindo no sentido de se tornarem cada vez menos invasivas. Importância especial tem sido dada ao uso do microscópio cirúrgico e instrumental para microcirurgia, cirurgias percutâneas e endoscópicas.
Pesquisas relatam a efetividade do tratamento cirúrgico em relação ao tratamento conservador. Contudo, em outras pesquisas, mostra-se igual progresso em ambos os tipos de tratamento e em outros estudos revelam resultados cirúrgicos não satisfatórios a longo prazo.

Tratamentos em cada uma das etapas da reabilitação

Fase aguda

É iniciada com repouso absoluto para que o disco lesado não sofra mais compressão. E medicamentos para alívio de dor e diminuição da inflamação. (Henneman e Shumacher, 1995).
Metas: aliviar a dor, promover relaxamento muscular, diminuir o edema e a pressão contra as estruturas nervosas sensíveis a dor (repouso intercalado com períodos de movimento controlado, técnicas fisioterapêuticas, massagem, manobras miofasciais, tração, Maitland e reeducar o paciente.

Fase Subaguda

Nesta fase a dor já é mais suportável e permite exercícios de alongamento e gradual fortalecimento muscular.
Ensinar ao paciente a percepção postural, princípios de estabilização, exercícios de fortalecimento de tronco e aumento de resistência à fadiga.
Incluir fortalecimento de membros inferiores para dar suporte ao corpo para usar a mecânica corporal. Fortalecer membros superiores para carregar objetos sem induzir desvio e sobrecarga do tronco.
Ensinar movimentos simples de coluna em amplitudes livres de dor.
Ensinar ao paciente como contrair isometricamente os músculos abdominais e extensores da coluna. Para assim manter o controle da posição estendida enquanto realiza movimentos simples dos membros.
É fundamental a melhora da postura para os pacientes com hérnia lombar.  Já que muitos apresentam déficit postural como encurtamento dos músculos ísquiotibiais, insuficiência dos músculos do abdômen e dos extensores lombopélvicos, consequentemente aumento ou retificação da lordose lombar, favorecendo assim a degeneração discal.

Fase Tardia

Em geral, o paciente apresenta apenas desconforto. É importante a manutenção da elasticidade e do tônus muscular associado aos cuidados posturais.
O paciente ainda terá restrição na flexibilidade (devido a tecido cicatricial restritivo ou adesões), limitação na força e resistência à fadiga nos músculos posturais e dos membros e execução lenta.
Na hérnia de disco falta mobilidade de coluna lombar. Consequentemente, a capacidade de inverter a curvatura para exercícios de força abdominal mesmo tendo conseguido o alongamento de ísquiotibiais.
Alguns movimentos ou posições devem ser evitados por pacientes com hérnia de disco:
  • Flexão da coluna;
  • Flexão com rotação da coluna lombar, principalmente com carga;
  • Retroversão pélvica, principalmente com carga;
  • Fortalecimento de abdominais em retroversão.

Como o Pilates pode auxiliar no tratamento?

O Pilates tem sido procurado como Método de tratamento por se mostrar bastante eficaz.
Os exercícios de Pilates podem ser praticados por pessoas que buscam a prática de atividade física. E também por indivíduos com patologia que necessitam de reabilitação. Principalmente as desordens neurológicas, ortopédicas, dores crônicas e problemas ortopédicos e problemas da coluna vertebral.
O Método Pilates utiliza-se de seis princípios para a aplicabilidade da técnica que são: concentração, controle, o centro, movimentos fluidos, precisão e respiração.
É uma técnica que visa trabalhar força, alongamento e flexibilidade mantendo as curvaturas fisiológicas do corpo. Tendo o abdômen como o centro de força, que é utilizado em todos os exercícios.
As vantagens do Método para os praticantes são inúmeras. Dentre elas podemos destacar a melhora do condicionamento físico, flexibilidade, amplitude muscular, alinhamento postural, estimulação da circulação e melhora da coordenação motora, tais benefícios têm como objetivo prevenir lesões e alívio de dores crônicas.
Esse método enfatiza o fortalecimento dos músculos abdominais e lombares usando diferentes abordagens. Enquanto mantêm uma boa postura e alinhamento corporal.
A musculatura abdominal tem um importante papel de suporte que representa integridade para a coluna lombar. Os músculos abdominais, principalmente os transversos e os oblíquos, produzem a pressão intra-abdominal através de contração reflexa. E é esta pressão que, agindo sobre o diafragma serviria como um mecanismo de atenuação de cargas compressivas sobre os discos intervertebrais.

O Power House


Os exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal no Pilates melhoram a nutrição discal. Isso porque aumentam a difusão passiva de oxigênio e diminuir a de hidrogênio.
Conhecido no Pilates como “Centro de Força”, “Casa de Força”, o Power House pode ser descrito como o fundamento mais precioso do Método Pilates.
Para Joseph Pilates, o Power House era a parte mais importante do corpo humano e de seu método, constituindo a base da caixa torácica e a linha que vai de um quadril a outro.
Os músculos que o formam sustentam a coluna, os órgãos internos e a postura. Podemos descrevê-lo como um cilindro de estabilidade tridimensional ao redor da coluna, cujo fortalecimento é o maior objetivo do Pilates.
centro de força primário é constituído pelo reto do abdômen, oblíquos, multífido, assoalho pélvico, diafragma, glúteos, psoas e o transverso do abdômen.
O termo “core” tem sido usado para se referir ao tronco, ou mais especificamente à região lombo pélvica do corpo. A estabilidade da região lombo pélvica é crucial para propiciar uma base para os movimentos das extremidades da parte superior e inferior do corpo, suportar cargas e proteger a coluna.
core é formado por 29 pares de músculos com a função de estabilizar a coluna e a pelve durante os movimentos, mantendo um alinhamento adequado da coluna.  Esses Músculos podem ser divididos em duas categorias: Músculos Locais e Músculos Globais.
A ativação correta do Power House tem apresentado sucesso na diminuição de dores lombares.

Benefícios do Pilates para hérnia de disco

Lima et al., em 2009, realizou um estudo em pacientes com hérnia de disco lombar utilizando o Método Pilates para o ganho de flexibilidade dos músculos ísquiotibiais.
Observou-se uma melhora significativa da flexibilidade, porém concluíram que apesar dos resultados, estudos adicionais devem ser realizados.
O Pilates costuma ser efetivo nas dores causadas pela hérnia de disco porque os exercícios geram um maior afastamento entre as vértebras, graças a movimentos de
Com os exercícios do método a postura melhora, os músculos adquirem maior tonicidade. As articulações tornam-se mais flexíveis e a forma do corpo torna-se mais equilibrada, ereta e alongada.
O Pilates pode ser usado como progressão do tratamento. Ou ainda, para prevenção de dor lombar, através do equilíbrio funcional dos músculos envolvidos na região.
Já que o músculo transverso do abdômen e multífido fazem parte do Power House. A ativação correta desse grupo muscular durante a prática de Pilates contribui para uma estabilização lombo-pélvica necessária para todos os indivíduos com ou sem dor.

Exercícios indicados para pacientes com Hérnia Lombar

Exercícios tradicionais de fortalecimento dos músculos abdominais e de extensores de tronco tem sido alvo de críticas por submeter à coluna vertebral a altas cargas de trabalho aumentando o risco de uma nova lesão.
Pesquisas sugerem que sem a ativação correta dos estabilizadores profundos do tronco, as recidivas do quadro álgico são notadas com muita frequência.
Com os exercícios de Pilates realizados de maneira correta e supervisionados por um profissional, conseguimos a ativação correta da musculatura estabilizadora da coluna lombar para trabalhar com o paciente de forma global.
Principais objetivos a serem trabalhados na Hérnia Lombar:
  • Estabilização da coluna lombar;
  • Dissociação coxo-femoral;
  • Fortalecimento abdominal;
  • Fortalecimento Paravertebrais.

Minha experiência tratando Hérnia com Pilates

As primeiras aulas devem ser voltadas para o aprendizado da contração correta do transverso do abdômen e o multífido lombar.
Início sempre com um programa seguindo as etapas do modelo de exercícios estabilização segmentar vertebral, desenvolvido por Richardson, Hodges e Hides que é dividida em três estágios:
  1. Cognitivo: Educar a maneira correta da contração da musculatura estabilizadora.
  2. Associativo: O objetivo é manter a contração destes músculos ao mesmo tempo em que são realizados movimentos dos membros e do tronco. Nesta fase inicia-se o treino de atividades de vida diária.
  3. Automático: Realização de exercícios que proporcionem desafios e gestos esportivos, realizados com cuidado para assegurar que não haja compensação.
Alguns alunos no início das aulas precisam utilizar outros recursos fisioterapêuticos para auxiliar no tratamento.
Trabalho com terapia manual e RPG, e costumo aplicar Maitland e miofascioterapia no início da aula ou no final dela, dependendo de como o paciente se apresenta.
Quando necessário também utilizo a eletroterapia (US e TENS). Mesmo que a estimulação elétrica nas suas formas mais variadas (TENS) não apresente nenhuma evidência que justi­fique sua utilização.
Os estudos publicados mostram que não há fundamentos importantes estabelecendo o seu valor. No meu Studio os alunos sentem mais conforto após a aplicação de TENS quando necessário.
Atualmente, tenho 42 alunos com hérnia, a maioria hérnia lombar e todos respondem bem ao tratamento com o Método Pilates.
É claro que deve haver a colaboração do paciente em relação à presença nas aulas, seguir as orientações em relação à execução das AVD’s, respeitar o tempo de reabilitação para retorno ás atividades deixada de lado devido à dor.
Tudo isso para que o tratamento conservador tenha sucesso evitando recidivas ou até o tratamento cirúrgico.

Concluindo…

A literatura aponta como benefícios do Método Pilates, melhora do condicionamento físico, melhora da circulação, melhora da postura, diminuição da dor, melhora da força muscular, melhora da flexibilidade, melhora da consciência corporal e da coordenação motora.
Esses benefícios ajudariam a prevenir lesões e proporcionar alívio das dores crônicas.
Pilates pode ser uma ferramenta importante para os fisioterapeutas na reabilitação, por ter uma gama de exercícios que promovem decoaptação articular, crescimento axial, fortalecimento e alongamento muscular onde são utilizadas poucas cargas e como números de repetições diminuídos e também por apresentarem apenas contra-indicações relativas que não interferem na aplicabilidade da técnica, mais somente exige um cuidado do profissional habilitado.
O número de praticantes não vem acompanhado com o concomitante desenvolvimento de pesquisas é necessário maior número de pesquisas abordando mais variáveis.
Fonte: http://blogpilates.com.br/pilates-aplicado-hernia-lombar/

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

QUE VENHA 2017


A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver cerca de 70 anos. Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas, das quais se alimenta. O bico, alongado e pontiagudo, se curva. 

Apontando contra o peito, estão as asas, envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, e, voar, aos 40 anos, já é bem difícil! Nessa situação a águia só tem duas alternativas: deixar-se morrer... ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá recolher-se, em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um lugar de onde, para retornar, ela necessite dar um vôo firme e pleno. Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Espera nascer um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas. Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses, "renascida", sai para o famoso vôo de renovação, para viver, então, por mais 30 anos.

Muitas vezes, em nossas vidas, temos que nos resguardar, por algum tempo, e começar um processo de renovação. Devemos nos desprender das (más) lembranças, (maus) costumes, e, outras situações que nos causam dissabores, para que continuemos a voar. 

Um vôo de vitória. Somente quando livres do peso do passado (pesado), poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz. Destrua, pois, o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo, retire as penas das suas asas dos maus pensamentos e alce um lindo vôo para uma nova vida.


Um vôo de vida nova e feliz. 
QUE VENHA 2017 !!!!

São os votos de Ernani Abreu e família.


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Comum na lombar, escorregamento de vértebra exige reforço muscular

Espondilolistese pode ser congênita ou adquirida. Propriedades físicas da água ajudam na estabilização da coluna e redução das dores.
A espondilolistese é um escorregamento de uma vértebra sobre a outra, mais comum na região lombar. Ela pode ser congênita, ou seja, a pessoa já nasceu com ela, ou adquirida por estresse ósseo, doença reumatológica, traumatismos, entre outras causas.
Quando sentimos dor continua, mesmo que não seja tão intensa, é necessário investigarmos. Existem diversos níveis de gravidade. Às vezes, o escorregamento é nível 1, mas podemos agravar a patologia se começamos a correr, causando impacto sobre a coluna. Cada caso é diferente. É necessário consultar um especialista. A resposta individual deve ser levada em conta.

É necessário trabalhar a musculatura envolvida, lembrando-se da casa de força que abriga a coluna lombar, sobre a qual comentamos dois artigos atrás. Quando diminuímos a intensidade dos exercícios, a musculatura fica fraca, aparece a barriguinha, aumenta a instabilidade da coluna, e as dores surgem. Por outro lado, se exigimos muito do nosso corpo, geramos muito impacto sobre a coluna, e podemos agravar uma listese já existente.



Hidroterapia fortalece musculatura (Foto:Divulgação)
No caso da espondilolistese, dependendo dos sintomas, é necessário ter sessões de hidroterapia com tratamento específico, utilizando as propriedades físicas da água para estabilização lombar e diminuição do quadro álgico.

Na água, temos maior facilidade para realizar os exercícios devido à diminuição de carga sobre as articulações por causa do empuxo, força que vem de baixo para cima. Podemos correr, saltar e chutar, movimentos impossíveis de serem realizados fora da água por muitos alunos que sofrem de problemas como a espondilolistese. Em contrapartida, a água em movimento oferece uma resistência catorze vezes maior que o ar. Sendo necessário realizar bastante força para vencer a turbulência criada pelo movimento. Vamos experimentar a hidroterapia primeiro e, após a recuperação, passamos para natação, hidroginástica, hidropilates, hidrorunning, e outras atividades.

No caso da espondilolistese, a hidroterapia pode ser necessária para a recuperação (Foto: Divulgação)

Após um bom tratamento, com a aquisição da consciência corporal, com o domínio da respiração e o fortalecimento da musculatura, o atleta pode correr primeiro na água sem colocar os pés no chão e sem impacto. Depois com 10% do peso corporal, aumentando gradativamente até 50% do mesmo.

O atleta que gosta de correr no solo pode arriscar alguns trotes na areia, intervalando com a natação, dependendo da resposta do corpo. Devemos adaptar o nosso corpo à realidade existente, mantê-lo em bom estado e não piorá-lo. O maior objetivo é manter nossa qualidade de vida.
À medida que os anos passam, nossos ossos e músculos também se modificam. A lenda de que engordamos um quilo a cada dois anos não é verdadeira, mas é fato que o metabolismo fica mais lento. Por isso, a atividade física é importante para mantermos nosso arcabouço muscular protegendo ossos e articulações. Assim podemos manter a independência de ir e vir, subir e descer escadas, caminhar, dançar, praticar esportes, correr, nadar, fazer hidroginástica... Manter nossa vida ativa.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2013/08/comum-na-lombar-escorregamento-de-vertebra-exige-reforco-muscular.html
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