
Mas uma pesquisa realizada pela Universidade de Waterloo, Canadá, sugeriu que independentemente de ajudarem ou não a atingir a forma física os abdominais tradicionais podem prejudicar a coluna. O pesquisador realizou dezenas de estudos em seu laboratório usando cadáveres de porcos, repetidamente flexionando suas colunas da mesma maneira que uma pessoa faz ao praticar exercícios abdominais – por horas e horas a fio.
Quando examinou a coluna depois das sessões, o cientista percebeu que os discos foram comprimidos de tal maneira que ficaram abaulados. Se o mesmo acontecer com um ser humano, isso colocaria pressão nos nervos, provocando dor nas costas ou até mesmo hérnias de disco.
Apesar do estudo sugerir que os abdominais possam prejudicar a coluna, Márcio Schiefer, Fellow da Universidade de Zurich e Membro da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte, revela que “os exercícios abdominais melhoram a estabilidade da coluna vertebral, reduzindo o risco de dor lombar. O fortalecimento da musculatura abdominal reduz a lordose lombar, reduzindo a pressão sobre os discos, o que pode levar à prevenção da dor”. Mas deixa claro que há poucas evidência a favor ou contra os exercícios abdominais como forma de prevenir a dor lombar, mas o que se observa na prática clínica é que funciona muito bem.
Marcio Schiefer também ensina como praticar abdominais sem prejudicar a coluna: “É fundamental que se realize os exercícios de forma correta, com a coluna toda apoiada no solo, mesmo que para isso as mãos sejam posicionadas sob a região lombar para servir de apoio quando as pernas estiverem esticadas. Com joelhos e quadris flexionados, a coluna lombar naturalmente fica apoiada sobre o solo. Além disso, o uso de aparelhos em academias pode facilitar o correto posicionamento lombar durante o exercício, reduzindo o risco de dor decorrente da prática inadequada.
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