segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Dor na articulação e nas costas? Pode ser artrite


Sintoma esconde início de doença que atinge cerca de 2 milhões de brasileiros, ou seja, 1% da toda a população do País
 
Dores nas costas nem sempre estão associadas a problemas da coluna vertebral. Quando associadas a dores nas articulações, podem ser sintomas de um tipo de artrite: a epondilite anquilosante. Esta doença afeta aproximadamente 1% da população, o que representa cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil. Sem tratamento, ela pode chegar a gerar perda dos movimentos da coluna.

Pessoas com psoríase podem também desenvolver a artrite relacionada à doença, sendo que 1 em cada 4 pacientes podem ter a doença não diagnosticada. A dor nas costas afeta oito em cada dez pessoas em alguma fase de vida1 e pode ser de difícil diagnóstico. Porém, é preciso buscar informações com especialista, pois esse pode ser um sintoma de um tipo de artrite que deforma a coluna, a espondilite anquilosante.

“As dores vinham antes na coluna, mas eram toleráveis. Sempre tratada com anti-inflamatórios e resolviam no momento, mas em 2006 tive a primeira grande crise”, relata Samuel Oliveira, educador físico, paciente com espondilite anquilosante e desenvolvedor do blog Espondilite Brasil. “Tive uma inflamação no tornozelo direito, como se fosse uma entorse. Depois, fisioterapia sem resultados e passou a inflamar o joelho esquerdo. A dor era incapacitante. Queimava, ardia, ficava vermelho e inchado nas articulações. Em pouco tempo tinha muitas articulações inflamadas”.

O principal sintoma da espondilite anquilosante é uma dor lombar persistente, por mais de três meses. Uma simples dor nas costas ou nas nádegas pode evoluir e chegar a causar dificuldades para a pessoa se movimentar. Por ser um sintoma comum, o diagnóstico pode acabar demorando. Um paciente com a espondilite anquilosante chega a demorar, em média, oito anos para ter o diagnóstico, principalmente por desconhecimento dos sintomas. “Do início da investigação até iniciar um tratamento efetivo foram 2 anos e meio de martírio. O tratamento correto veio com o diagnóstico no final de 2006”, destaca Oliveira.

Sintomas mais comuns da espondilite anquilosante:

Dor lombar persistente e significativa

Dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna

Aumento da dor com repouso, sendo pior pela manhã

Cansaço, perda de apetite e também perda de peso

Sensação de enrijecimento na coluna (rigidez), com dificuldade na mobilização

Sintomas mais comuns da atrite psoriásica:

Dor e inchaço nas juntas

Rigidez, principalmente durante a manhã ou após repouso

Fadiga

Pele com lesão e descamação, além de mudanças nas unhas

Redução na extensão dos movimentos

Todos os sintomas que devem ser investigador por um reumatologista

Fonte: Simepar

Psoríase também exige atenção

Outra artrite que muitas vezes passa despercebida é a artrite psoriásica. A enfermidade relacionada à doença de pele, acaba sendo não diagnosticada em um quarto dos casos e causa mais prejuízo à qualidade de vida da pessoa com psoríase. Estima-se que 10% das pessoas com a psoríase possa ter essa artrite. “Descobri que tinha artrite psoriásica em 2015, mas desde 2006 já sentia dores na coluna e cheguei a fazer cirurgia de hérnia de disco. Após sentir dores nos calcanhares, lombar e nas mãos, conversei com a minha médica e ela identificou que essas dores eram relacionadas à essa forma de artrite”, ressalta Thays Ciconi – paciente com psoríase há 26 anos e fundadora do blog Amigos com Psoríase”, ressalta Thays Ciconi – paciente com psoríase há 27 anos e fundadora do blog Amigos com Psoríase.

Ainda se busca a cura para a espondilite anquilosante, porém com o tratamento adequado, prática de exercícios físicos e fisioterapia, o paciente poderá seguir sua vida sem limitações. O tratamento é feito com terapias para alívio da dor e anti-inflamatórios. Os medicamentos biológicos, são indicados para pacientes que não apresentam boa resposta ao tratamento convencional4. “Estou em remissão há 4 anos. Atualmente faço natação diariamente e mantenho o acompanhamento periódico, com reumatologista, neurologista, dermatologista e psiquiatra. Tenho algumas lesões permanentes, porém sem necessidade de analgésicos”, destaca o educador físico, Samuel Oliveira.
 

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