quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A coluna vertebral na menopausa

Postura e Saúde

Com o envelhecimento ocorrem alterações funcionais e estruturais em diversos órgãos e sistemas do corpo humano, bem como psicológicas e sociais, as quais podem interferir na estabilidade postural. Apesar de esse fato ocorrer em ambos os sexos, no sexo feminino há uma maior redução da massa óssea, o que desencadeia um desequilíbrio na remodelação óssea, sendo a osteoporose sua consequência. Além disso, ocorre um aumento da cifose torácica, acarretando flexão anterior do tronco, não somente devido a uma degeneração das vértebras, mas também à osteoporose já citada e alteração nos discos intervertebrais.

A osteoporose é uma patologia comum em mulheres idosas acima dos 65 anos, período em que estas já se encontram na pós-menopausa. Esta é uma doença osteometabólica crônica caracterizada pela degeneração da microarquitetura óssea, com diminuição da densidade mineral óssea (DMO). Sua principal complicação são as fraturas, principalmente dos corpos vertebrais. Fato este que agrava a cifose torácica.

Juntamente ao fato da grande incidência de osteoporose em mulheres na pós-menopausa, há uma redução da capacidade dos ligamentos da coluna vertebral e fraqueza dos músculos extensores do tronco, responsáveis pela manutenção da postura e proteção articular.

Além da interferência da osteoporose, a hipercifose torácica, ao repercutir na biomecânica da coluna vertebral (movimentação externa e interna), promove uma alteração na distribuição das cargas nos corpos vertebrais, o que acentua o risco de fraturas espontâneas nesta região.

Todas essas alterações morfológicos estão associadas à uma menor independência nas atividades de vida diária e redução da performance física, como a diminuição do equilíbrio, redução do controle postural e lentificação do caminhar, bem como o risco de quedas. Além disso, a hipercifose e demais alterações nas curvaturas vertebrais podem causar dores através de seus ligamentos e músculos.

Dessa forma, muitos estudos apontam a importância da prática de exercícios físicos nesse momento da vida feminina. É de grande influência a atividade física na prevenção e tratamento da osteoporose, para ganho ou manutenção da massa óssea. E, de um modo geral, aumento da força muscular, da flexibilidade, da melhora da coordenação e do equilíbrio.

Programas de exercícios físicos que incluem alongamentos e fortalecimentos para os músculos extensores da coluna podem ser benéficos para a melhora da postura e, consequentemente, atenuar as alterações biomecânicas sobre as vértebras.

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